Qual é a 'eclesiologia' do Papa Francisco?


Rio de Janeiro (RV) - Nos dias 07, 08 e 09 de setembro de 2017, o Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro, hospeda o I Simpósio Internacional “A Eclesiologia do Papa Francisco”.

O Simpósio é organizado pela Sociedade Brasileira de Teologia Sistemática, SBTS, e o objetivo é promover o estudo da eclesiologia presente nos documentos, pronunciamentos e, principalmente, nas decisões e ações do Papa Francisco.  

                                     "Com isto, pretende prestar um serviço tanto à teologia quanto à Igreja em geral".

À teologia, pela consideração atenta dos temas e enfoques característicos do pontificado de Francisco. À Igreja, pelo aprofundamento do paradigma missionário e do significado de desafio de sair para as periferias existenciais.

O evento é coordenado pelo Padre Mario de França Miranda SJ e por Mons. Antonio Catelan Ferreira, membro da Comissão Teológica Internacional, que nos explica o teor da ‘Eclesiologia do Papa Francisco’.

Ouça aqui a entrevista completa:

“A eclesiologia do Papa Francisco é muito similar à eclesiologia do período Patrístico, dos padres da Igreja. Ele não produz muitas ‘peças’: discursos ou homilias técnicas sobre a eclesiologia, tem mais uma eclesiologia muito clara, mas espontânea, que transparece com clareza em suas decisões, nos seus atos e também em suas falas. O modo como ele compreende a Igreja , a missão da Igreja, o ‘ser’ da Igreja, está presente em todos os seus gestos, não apenas nos gestos que impactam, mas nos gestos cotidianos e nas suas falas”.

“Como ele não era, antes do papado, um teólogo, muito embora tenha alta preparação teológica, ele produz teologia na liturgia, na pastoral, no espontâneo do dia a dia. Então cabe a nós, teólogos, pegar estas intuições e os elementos que ele apresenta e aprofundar, sistematizar, para que compreendamos”.

Há dois modos de fazer teologia: um espontâneo e um técnico. Seria errado fazer uma oposição entre uma teologia mais técnica e uma mais espontânea. A teologia mais espontânea tem muito mais chance de eficácia do que a técnica, porque ela já se faz inserida, contextualizada, próxima às pessoas, já se faz com o ‘sabor pastoral’. A teologia técnica tem que encontrar meios para sair do seu ambiente acadêmico das revistas especializadas. Ela cria algumas barreiras que protegem a sua profundidade, a sua qualidade, mas que, se não se tomar o devido cuidado, podem criar obstáculos a seu serviço eclesial”. 

(cm)

 

 

 








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