Filipinas: exército liberta Catedral de Marawi


Manila (RV) – Depois de três meses sitiada, a Catedral de Saint Mary, em Marawi, nas Filipinas, foi libertada pelo exército em 29 de agosto. O local havia sido profanado por terroristas islâmicos do grupo Maute, em 24 de maio passado.

Um vídeo realizado pelos militares mostra o muro da Catedral crivado de balas e no pavimento fragmentos de ícones e de outros símbolos religiosos destruídos. Também o altar foi bastante danificado, ao lado do qual se vê uma estátua decapitada.

Incerto, porém, o destino dos cristãos sequestrados durante o ataque à Catedral. Entre eles está o Vigário Geral da Prelazia do território, Teresito Soganub.

Bispo de Marawi: restaurar a comunidade cristã e as relações com os muçulmanos

O Bispo de Marawi, Dom Edwin de la Peña, declarou que a prelazia territorial pode agora pensar no futuro: não somente na reconstrução, mas também na atenção pastoral aos fiéis.

“Mais do que a Catedral, é importante restaurar a comunidade cristã e as relações com os muçulmanos”, declarou o prelado.

Não obstante a ação militar, em Marawi permanecem 30 dos cerca dos 200 extremistas que em maio assumiram o controle da cidade e que continuam a usar civis como escudos humanos.

O autoproclamado Estado Islâmico – indicam os analistas – conseguiu impor a sua presença no sul das Filipinas graças à ação de alguns grupos locais, que agem onde historicamente concentra-se a guerrilha autonomista e islâmica.

Apoio vindo da Síria

Ainda não está claro quanta ajuda grupos locais filipinos tenham recebido do Estado Islâmico.

Inicialmente, parecia que estas ajudas eram muito limitadas, mas um novo e completo estudo realizado pelo Institute for Policy Analysis of Conflict -  centro de pesquisa com sede em Jacarta (Indonésia) – revelou que no último ano o comando central do Estado Islâmico sírio enviou dezenas de milhares de dólares aos milicianos filipinos, permitindo o fortalecimento deles a ponto de sitiar Marawi.








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