Seul (RV) – A Coreia do Norte anunciou esta quarta-feira (09/08) a libertação “por razões humanitárias” do missionário canadense Lim Hyeon-soo, preso desde 2015.
Ele havia sido condenado a trabalhos forçados acusado de cometer “atos hostis” contra o país.
Lim foi libertado “por motivos de enfermidade e sob um ponto de vista humanitário”, segundo a decisão do Tribunal Central da RPDC (Coreia do Norte), informa um comunicado divulgado pela cadeia estatal coreana KCNA.
O cidadão canadense de origem coreana viajou à Coreia do Norte através da China no início de janeiro de 2015 e no mesmo mês foi detido pelas autoridades norte-coreanas.
A justiça do regime – em um julgamento realizado em Pyongyang no final de 2015 - o condenou a trabalhos forçados por toda a vida, por ter realizado atividades subversivas contra o país.
A máxima instância judicial do país considerou que Lim Hyeon-soo havia conspirado para derrubar o regime, em um suposto complô liderado pelos governos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul.
Assim, sua condenação foi por ter realizado “atividades subversivas” com o objetivo de “atingir a dignidade da direção suprema e o sistema social da RPDC” e ter exercido “atividades religiosas anti-RPDC”.
O condenado, um sexagenário que liderava a Igreja Presbiteriana da Luaz, de Mississauga, proximidades de Toronto, reconheceu estas acusações em uma “confissão” divulgada em julho de 2015 pela agência oficial do governo.
Várias organizações denunciaram que o testemunho muito provavelmente tenha sido forçado pelas autoridades.
Sua libertação ocorre em um momento de máxima tensão na península coreana, pela escalada dialética entre o regime de Kin Jong-um e a administração de Donald Trump, e depois da morte do estadunidense Otto Warmbier em junho, depois de ter passado pelas prisões norte-coreanas.
Warmbier faleceu depois de ter sido libertado e enviado aos Estados Unidos em estado de coma, depois de passar 17 meses na prisão na Coréia do Norte.
(JE/EFE)
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