Constituinte acirra ânimos na Venezuela. Igreja: chega de violência


Cidade do Vaticano (RV) – Faltando poucas horas para a eleição da Assembleia Constituinte na Venezuela, marcada para este domingo, a Igreja no país se manifestou mais uma vez para pedir o fim da violência.

Os bispos advertem que a “repressão desmedida com um grande balanço de feridos, mortos e detidos gera ainda mais violência”.

 “Militares e policiais, junto a grupos civis armados pelo governo, atuam de maneira coordenada atacando o povo que manifesta seu descontentamento e a sua oposição à Assembleia constituinte”.

Inconstitucional, desnecessária, inconveniente e prejudicial 

A propósito, a Conferência Episcopal reitera que se trata de uma proposta “inconstitucional, desnecessária, inconveniente e prejudicial para o povo venezuelano”.  Para os bispos, a Constituinte não só não resolverá, mas agravará os graves problemas do alto custo de vida, da escassez de alimentos e medicamentos de que sofre a população”.

Companhia de Jesus

O Prepósito da Companhia de Jesus, o venezuelano Padre Arturo Sosa, se uniu aos apelos da Conferência Episcopal:

“Gostaria de unir-me à voz, à intenção e à posição assumida pelos bispos venezuelanos, que estão muito unidos seja entre si como Conferência Episcopal, seja aos jesuítas da Venezuela, seja aos outros religiosos e religiosas do país: tiveram posições comuns muito corajosas neste período e reiteraram que a prioridade é o sofrimento das pessoas. O povo neste momento sofre porque faltam as condições básicas para viver, porque não tem alimento nem segurança na própria vida; não há remédios nem uma escola de qualidade que funcione; não tem aquilo que faz parte de uma vida normal."

Chega de violência

O jesuíta afirma que é preciso compartilhar a dor das pessoas como um modo para fazer da política um verdadeiro instrumento a serviço da solução dos problemas da população, e não uma luta pelo poder ou pelos privilégios que o poder pode dar. "Por isso, é importante levar avante um diálogo. Chega de violência: devemos ser pessoas capazes de falar e de chegar a acordos pelo bem de todos."








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