Trabalhadores cristãos e o desafio de continuar a evangelizar o mundo do trabalho


Madrid (RV) – “Os nossos desafios são continuar a evangelizar o mundo do trabalho, anunciando a boa nova que comporta o projeto de humanização que Deus tem para cada um e colocando a pessoa, à sua imagem e semelhança, no centro de todas as preocupações”.

É o que defende o documento final do Seminário internacional e da Assembleia Geral do Movimento Mundial dos Trabalhadores Cristãos (MMTC), realizado de 15 a 21 de julho na Universidade de Mistica de Ávila, e que contou com a participação de delegados de 42 países, além de autoridades, especialistas e responsáveis das organizações dos trabalhadores e dos sindicatos.

Que voz dos trabalhadores continue a ecoar na Igreja

O MMTC festeja em 2017 os 50 anos de trabalhos, como recorda o documento final – referido pela Agência Fides.

“Damos graças a Deus – lê-se no texto - por estes 50 anos de presença cristã no mundo do trabalho, e do caminho ao lado de muitos irmãos trabalhadores, compartilhando as suas satisfações e esperanças, as suas alegrias e sofrimentos”.

E acrescenta, que “somos acompanhados na nossa evangelização pelo Papa Francisco, que em sua mensagem aos participantes do encontro, por meio do Bispo de Ávila, nos convida a um renovado ímpeto para levar o Evangelho ao mundo do trabalho e também para que a voz dos trabalhadores continue a ecoar na Igreja e a combater para que todos vivam segundo a sua dignidade e ninguém seja excluído”.

A missão de evangelizar o mundo do trabalho

Consciente dos próprios limites, mas também do esforço de outras importantes realidades, o Movimento Mundial dos Trabalhadores Cristãos quer continuar a crescer, em colaboração com outras realidades, a fim de construir um mundo mais justo, solidário e sustentável.

“Oferecemos o nosso esforço, o nosso trabalho e as nossas lutas – prossegue o documento – a todos os trabalhadores do mundo, em nível local, regional e global, para responder à nossa missão de evangelizadora e, por consequência, adequar a organização do MMTC para melhor responder a esta missão”.

Promover a relação entre movimentos e pastoral

São então elencados no documento uma série de compromissos, entre os quais: fortalecer o compromisso, a formação e a revisão de vida, em coerência com a fé em Jesus Cristo, o Evangelho e a doutrina social católica.

Promover a relação entre movimentos e pastoral. Analisar a situação regional dos trabalhadores e das trabalhadoras, denunciando situações de violações dos direitos e protegendo a dignidade da pessoa.

Promover iguais oportunidades para homens e mulheres em todos os setores. Convidar todos os movimentos dos trabalhadores cristãos para participar da Jornada Mundial pelo Trabalho digno (7 de outubro).

Exigir um trabalho digno para todos. Reivindicar dos Estados um salário social ou ganho de cidadania, para evitar que milhares de pessoas sejam descartadas, no caso em que o acesso ao trabalho digno não seja garantido.

(JE/Fides)








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