Cardeais brasileiros em comunhão com a simplicidade do Papa


Cidade do Vaticano (RV) – Na grande sacristia organizada dentro do Palácio Apostólico, a RV encontrou os cardeais no final da cerimônia. Conversamos com Dom João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para as Sociedades de Vida Apostólica e de Vida Consagrada, e Dom Sérgio da Rocha, Arcebispo de Brasília. Ouça:

Dom João, o sr. esteve concelebrando com o Papa seus XXV anos de ordenação episcopal. Qual o seu sentimento neste momento?

Gratidão por este episcopado que vai para seus 25 anos e sobretudo pela figura de Francisco para a Igreja. Este é um momento bonito neste sentido e acho que também é um momento de reforçar a comunhão em torno do Papa porque de uns lados está mais ou menos, mas de outros está um pouquinho ruim, mesmo de seus assessores mais imediatos. É bom a gente reforçar, renovar, pedir uns perdões e começar a estar mais perto do Papa e caminhar com ele na Igreja”.

Dom Sérgio, o sr. que é o ‘avô mais jovem’ da Capela Paulina hoje, como foi esta emoção?

“Eu fiquei muito feliz em poder estar aqui participando deste momento tão bonito, com simplicidade, da vida do Santo Padre e é claro que eu me sinto aqui de alguma maneira representando todo o nosso povo brasileiro, nossos bispos, porque há tanta gente que pediu que transmitisse um abraço ao Papa e se fosse para transmitir todos os abraços que enviaram eu passaria o dia todo e não conseguiria terminar. Tanta gente que quando eu dizia que viria para cá me pedia ‘não se esqueça de levar o nosso abraço, a nossa oração…’ até mesmo no aeroporto, as pessoas que viram, quando sabiam que eu viria para cá todos diziam ‘leve o nosso abraço para o Papa, diga a ele que nós amamos a ele’. Então isso eu faço com muito gosto porque sei que é muito sincero da parte de tanta gente no Brasil esse carinho pelo Papa Francisco".

Simplicidade e sabedoria

"Eu na verdade estava até com dificuldade para vir participar desta missa porque o Papa quis tudo com muita simplicidade. Não houve um comunicado, nós soubemos agora recentemente. Quando soube quis vir trazer ao Papa não só o abraço, mas a unidade da Igreja do Brasil, o apoio a ele em todas as horas, na oração e na acolhida de seus ensinamentos".

A brincadeira do Papa com Dom Sérgio, avô 'mais jovem'

"Sinto-me muito feliz em poder ter cumprimentado agora o Papa em nome de todos os brasileiros. Acabo de dar o abraço e a saudação carinhosa de todo o nosso povo e lhe agradeço a bondade da referência que fez, mas na verdade eu não me sinto assim tão jovem… estou com a juventude acumulada! Disse ao Papa que os mais jovens têm muito mais a aprender, acabei de lhe dizer isso. É claro que seja os mais jovens que os menos jovens, todos nós temos muito o que aprender com o Papa Francisco”.

Agora o sr. já é um veterano, com outro consistório depois do que o criou…

“É verdade, já não sou dos últimos. Entre os mais novos, sei que tem outro cardeal, ou se não me engano, dois mais novos ainda e isto mostra também que o Papa confia nas várias gerações… ele que tem valorizado sobretudo os mais jovens, a ponto de nos chamar para o Sínodo não? Então, com certeza também pode contar com a boa vontade de todas as idades, sem dúvida,  inclusive daqueles que têm ainda um caminho maior pela frente. Se Deus quiser, espero ter a sabedoria que o Papa tem, sua disposição e ânimo”. 

(CM)








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