Cidade do Vaticano (RV) – Às vésperas do Dia Mundial do Refugiado, o UNICEF, Fundo das Nações Unidas para a Infância, anunciou segunda-feira (19/06) a nomeação de Muzoon Almellehan, ativista da educação, de 19 anos, refugiada síria, como a nova – e mais jovem – Embaixadora de Boa-Vontade. Muzoon é, portanto, a primeira embaixadora do UNICEF com o status de refugiado.
A jovem recebeu ajuda do Fundo quando vivia no campo de refugiados de Za’atari, na Jordânia.
O testemunho de vida
“Desde menina, sabia que a instrução seria fundamental para meu futuro. Assim, quando tive que deixar a Síria, os únicos bens pessoais que levei foram meus livros de escola”, disse. “Como refugiada, vi o que acontece quando crianças são obrigadas a se casar ou a fazer trabalhos manuais. São excluídas dos estudos e perdem qualquer possibilidade de futuro. Esta é a razão pela qual estou orgulhosa de trabalhar com o UNICEF para ajudar a dar voz a estas crianças e leva-las à escola”.
Muzoon fugiu da guerra na Síria com sua família em 2013; morou como refugiada na Jordânia três meses antes de ser inserida no Reino Unido. Foi durante os 18 meses passados no campo de Za’atari que começou a defender o acesso aos estudos para crianças, principalmente meninas.
25 milhões de crianças sem aulas
“Atualmente, 2 milhões de crianças sírias estão fora das salas de aula”, afirmou recentemente a coordenadora do UNICEF na Síria, Amam Geneviève Boutin, segundo a qual, “manter meninos e meninas na escola não evita apenas que trabalhem nas ruas, mas também previne a exposição a outros perigos, como o abuso sexual, e reduz a incidência dos casamentos precoces”.
Cerca de 25 milhões de crianças em idade do ensino fundamental e médio em áreas de conflito não vão às escolas.
(CM)
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