O Papa recebe em audiência bispos da Venezuela


Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu na manhã desta quinta-feira, 08, no Vaticano os membros da Presidência da Conferência Episcopal da Venezuela. “O Papa – referiu Dom Diego Rafael Padron Sanchez, Bispo de Cumaná e presidente da Conferência Episcopal venezuelana, já estava muito bem informado sobre a situação, mas esta audiência confirma as suas informações e marca uma aproximação maior à conferência episcopal e fortalece nossas atividades e nossas decisões”.

“O Papa, acrescentou, está muito preocupado e sente a necessidade do povo venezuelano”. O bispo disse em seguida que é necessário “reconhecer a vontade do povo que pede alimentos, medicamentos, liberdade e eleições livres e, antes das eleições, um referendo popular sobre a Assembleia Constituinte”

Os bispos da Venezuela encontraram o Papa em um momento difícil para o país. Nos protestos que tiveram início em abril contra o presidente Nicolas Maduro já perderam a vida mais de 65 pessoas. A última vítima, quarta-feira, um rapaz de 17 anos foi morto em Caracas nas manifestações que eclodiram após o Conselho Nacional Eleitoral ter convocado para o dia 30 de julho eleições para a Assembleia Constituinte. “Queremos encontrar o Santo Padre que demostrou grande interesse, uma grande preocupação, um grande amor pela Venezuela que vive esta situação difícil”, dissera dias atrás o Cardeal Jorge Urosa Savino, Arcebispo de Caracas.

Os Bispos “esperam que o Papa Francisco se manifeste o quanto antes sobre a situação da Venezuela para que o mundo saiba sobre a gravidade da situação” daquilo que esta acontecendo. Dom Padron está convencido de “que o governo tenta a todo custo se manter no poder, subjugando e silenciando o povo, através da manobra de uma nova Assembleia constituinte para não realizar novas eleições”.

Para sair da crise humanitária e política “é necessário o diálogo entre as duas partes e o respeito dos quatro pontos indicados na carta do Cardeal Parolin: libertação dos presos políticos, abertura de corredores humanitários, processo eleitoral e respeito da Assembleia Nacional”. Mas, por enquanto, “não existem as condições”. Quando ao envio de ajudas humanitárias do exterior, em particular dos remédios, Dom Padron afirmou que duas semanas atrás foi assinada a autorização, mas a burocracia e os entraves alfandegários estão deixando tudo como está. (SP)








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