2017-06-01 16:55:00

o Sacerócio: um caminho fascinante mas, também exigente


Cidade do Vaticano (RV) – Faleceu nesta quarta-feira, dia 31 de Maio de 2017, o Cardeal Lubomyr Husar, Arcebispo Maior emérito de Kyiv-Halyc (na Ucrânia). Com a sua morte, o colégio cardinalício resulta actualmente constituído por 221 cardeais: 116 eleitores e 105 não eleitores.

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu hoje, quinta-feira dia 1 de Junho de 2017, às 11,15 horas locais de Roma, em audiência na Sala do Consistório do Vaticano, os cerca de cem participantes da Plenária da Congregação para o Clero.

Estou feliz de poder dialogar convosco sobre o grande dom do ministério ordenado, à poucos meses da promulgação da nova Ratio Fundamentalis. Este documento fala de formação integral, isto é, capaz, de incluir todos os aspectos da vida; e assim indica o caminho para formar o discípulo missionário. Um caminho fascinante mas também exigente.

Reflectindo sobre estes dois aspectos, acrescentou Francisco, o fascínio da chamada e as exigências empenhativas que ela comporta, pensei de modo particular nos jovens sacerdotes, que vivem a alegria dos inícios do ministério e, ao mesmo tempo, advertem o peso.

De facto, o coração de um jovem sacerdote, observa o Papa, vive entre o entusiasmo dos primeiros projectos e a ânsia das fadigas apostólicas, nas quais se emerge com um certo temor, aquilo que é sinal de sabedoria. Ele sente profundamente o júbilo  e a força da unção recebida, mas os seus ombros iniciam a ser gradualmente gravados pelo peso da responsabilidade, dos numeroso empenhos pastorais e das expectativas do Povo de Deus.

Como vive tudo isso um jovem sacerdote? O que é que leva consigo no coração? De que coisa necessita para que os seus pés, que correm para levar o anúncio do Evangelho, não se paralisem diante dos medos e das primeiras dificuldades?

É certo, admite Francisco, que os jovens são julgados de maneira um pouco superficial e muito facilmente etiquetados como “gerações líquidas”, privadas de paixão e de ideais. De certo, sublinha ainda o Papa, existem jovens frágeis, desorientados, fragmentados ou contaminados pela cultura do consumismo e do individualismo. Mas isto, adverte o Santo Padre, não nos deve impedir de reconhecer que os jovens são capazes de apostar com firmeza sobre a vida e de meter-se em jogo com generosidade; de concentrar o próprio olhar para o futuro e de ser, um antídoto à pusilanimidade e a perda da esperança característica da nossa sociedade; capazes de serem criativos e fantasiosos, corajosos em mudar, magnânimos quando se trata de empenhar-se para os outros ou por ideais como a solidariedade, a justiça e a paz. Com todos os seus limites, os jovens permanecem, portanto, um recurso, afirma Francisco.

Podemos perguntar então, nos nossos presbitérios, como olhamos para os sacerdotes jovens? Deixemo-nos, antes de mais iluminar pela Palavra de Deus, que nos mostra como o Senhor chama os jovens, confia neles e os envia para a missão.

Francisco termina o seu discurso propondo aos sacerdotes jovens algumas atitudes fundamentais para o seu ministério: rezar sempre sem nunca se deixar levar pelo cansaço; caminhar sempre, porque um sacerdote permanece sempre um discípulo nas estradas do Evangelho e da vida; finalmente, partilhar sempre com todo o coração, pois que a vida presbiteral não um trabalho burocrático nem um conjunto de práticas religiosas ou litúrgicas, mas é pôr em jogo a própria vida para o Senhor e para os irmãos. Daí que rezar incessantemente, caminhar sempre e partilhar com coração, significa viver a vida sacerdotal olhando para o alto e pensando em grande. Não é uma tarefa fácil mas só precisa que se tenha plena confiança no Senhor, pois Ele nos precede sempre no caminho, concluiu dizendo o Santo Padre.

      








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