Cardeal Urosa Savino evoca apelo de Romero: "Parem com a repressão!"


Caracas (RV) – “O Dia de oração pela paz na Venezuela, realizado em todas as dioceses do país em 21 de maio, foi convocado para pedir ao Senhor com insistência a solução para os problemas políticos e econômicos, o fim violência, o fim da repressão ao povo nas manifestações, o respeito pelos direitos humanos – em particular em relação aos presos políticos -  a validez dos valores democráticos, a reconciliação e a paz”, recordou o Arcebispo de Caracas, Cardeal Jorge Urosa Savino, na homilia da missa por ele presidida naquele dia.

Segundo o texto enviado à Agência Fides, o Cardeal repropôs o convite à paz, como “único caminho, o caminho cristão para a paz. A observância dos mandamentos: amar a Deus sobre todas as coisas e o nosso próximo como a nós mesmos. Na base da situação atual e conflitual, caracterizada pela grave crise social, econômica e política, se verifica justamente a falta do cumprimento dos mandamentos: a busca do lucro, o desejo de poder, a arrogância, o egoísmo, a corrupção, o crime, por fim, toda uma série de problemas que não quero repetir nesta homilia”.

O Arcebispo de Caracas prosseguiu, afirmando que “os membros das Forças Armadas e da Polícia devem ser agentes e garantes do respeito pela Constituição e, por vocação, devem garantir, antes de tudo, a paz e a sã convivência do povo venezuelano do qual fazem parte”.

Óscar Romero

“Lançamos um apelo à consciência daqueles que comandam estas forças, diante das numerosas mortes de cidadãos causadas por abusos de autoridade e ações repressivas. A responsabilidade moral pelos atos que levam à violência, feridos e mortos é daqueles que os ajudam, assim como daqueles que os ordenaram e consentiram. No nosso país torna-se atual o pronunciamento do mártir da América, o Beato Óscar Romero: “Em nome de Deus e deste povo sofredor, vos peço, vos suplico, vos ordeno, parem com a repressão”.

O número de mortos nos protestos contra o governo de Nicolás Maduro que tiveram início em abril subiu para 55.

Um segundo juiz da Suprema Corte teria rejeitado o projeto de uma Assembleia Constituinte apresentado pelo Presidente. Segundo uma pesquisa, 73% dos venezuelanos também são contrários a tal projeto.

(Fides/Je)

 

 


 








All the contents on this site are copyrighted ©.