Muçulmanos centro-africanos encontram refúgio na Catedral


Bangui (RV) – Cerca de mil fiéis muçulmanos refugiados em uma mesquita e sitiados por guerrilheiros antibalaka, foram evacuados graças à proteção da comunidade católica local, sendo acolhidos na Catedral de Bangassou e no seminário.

Na cidade localizada no sudeste da República-Centro Africana, explodiram novamente as violências entre facções rivais. Segundo um primeiro balanço da Cruz Vermelha, os mortos seriam cerca de 50, além de um número impreciso de feridos.

Os antibalaka haviam cercado nos dias passados Tokoyo, o bairro de maioria muçulmana de Bangassou. Os Arcebispos de Bangui, Cardeal Dieudonné Nzapalainga, e de Bangassou, Dom Juan José Aguirre Muñoz, intervieram para permitir que cerca de mil muçulmanos refugiados na mesquita deixassem o local. Foi formado um escudo humano para proteger a saída de todos.

Durante a operação de retirada, foram disparados diversos tiros, que acabaram matando o Imame da Mesquita, que estava ao lado de Dom Aguirre Muñoz. Com a ação dos Capacetes Azuis da missão Minusca da ONU, os deslocados puderam deixar a mesquita, para então serem transferidos para a Catedral e o seminário local.

Nos últimos meses, lutas internas dividiram ainda mais os grupos rivais, desencadeando um novo conflito pelo controle do território e dos recursos, sobretudo na parte centro-oriental do país , que engloba os municípios de Ouaka, Haute Kotto, Basse Kotto e Mbomou.

Os primeiros a sofrer, naturalmente, são os  civis, em particular, mulheres e crianças, que buscam refúgio em meio à vegetação, buscando sobreviver com aquilo que conseguem encontrar.

Os prelados de Bangui e Bangassou tentam mediar com dificuldade o conflito e convencer os rebeldes a depor as armas.

(L'Osservatore Romano – JE)








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