Dom Auza na ONU: combater violência contra mulheres nos conflitos


Nova Iorque (RV) - O Observador Permanente da Santa Sé na ONU, em Nova Iorque, Dom Bernardito Auza, fez um apelo em prol do combate à violência sexual nos conflitos, durante seu pronunciamento no Conselho de Segurança das Nações Unidas, nesta terça-feira (15/05).

O arcebispo filipino, no debate público sobre o tema “Mulheres, paz e segurança”, pediu aos Estados e à comunidade internacional para que seja dada prioridade a essa questão. 

“O sofrimento incalculável de várias mulheres que ainda hoje continuam sendo vítimas dessa crueldade deve nos impelir a agir”, disse o prelado. 

Com palavras fortes, Dom Auza fez referência ao último relatório apresentado pelo Secretário-Geral da ONU sobre a violência sexual nos conflitos, recordando que nessa expressão estão incluídos sequestros e tráfico de pessoas, escravidão sexual, prostituição, aborto, esterilização e casamentos forçados. 

Nesse contexto “terrível e criminoso”, o representante da Santa Sé chamou a atenção para o uso da violência sexual como “tática de terrorismo”. 

“Os motivos por trás desse crime perverso, citados no relatório, são uma ladainha do mal: incentivar o recrutamento de terroristas, aterrorizar e dispersar as populações, forçar conversões através de casamentos, suprimir os direitos fundamentais das mulheres, tirar proveito do tráfico sexual, extorquir dinheiro das famílias desesperadas, oferecer mulheres e garotas como vítimas de guerra para compensar os combatentes, que podem ser vendidas ou exploradas por eles como quiserem, e usar mulheres e garotas como escudos humanos e camicases.” 

“Não são necessárias outras provas para documentar que mulheres e garotas são especificamente orientadas como tática para criar medo, aniquilar sua vontade e obter dinheiro para a máquina terrorista.” 

“Em resposta a essa cultura da violência, o mundo, especialmente as mulheres e garotas cuja dignidade é violada ferozmente, olham ao Conselho de Segurança com esperança e aguardam uma ação”. “Que elas não esperem em vão”, concluiu Dom Auza. 

(MJ) 
 








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