Capela da Sagrada Família: história une coptas e católicos


Cairo (RV) – Os vestígios da presença cristã na capital egípcia estão concentrados no chamado “Cairo antigo” (Misr al-Qadima), isto é, o Cairo copta (copta significa egípcio).

Um dos locais mais significados é a igreja de São Sérgio (Abu Sarga), considerada a mais antiga do Cairo e administrada pelos coptas ortodoxos. O seu interior abriga a cripta onde se acredita que a Sagrada Família tenha se refugiado em sua fuga para o Egito. Ali, onde foi montado um altar, Maria, José e o Menino Jesus teriam vivido por três meses para escapar da violência do Rei Herodes. A igreja conserva ainda o poço utilizado e a pedra que serviu de encosto para Jesus.

Na parte superior à capela, a Igreja apresenta ainda outros dois detalhes interessantes: as doze colunas representando os apóstolos são todas iguais, com exceção de uma: a de Judas, mais grossa e sem acabamento.

Em uma dessas colunas, um vidro protege o local de onde jorrou sangue para protestar pela guerra entre Egito e Israel em 1967.

Já o teto foi construído tomando a forma da Arca de Noé.

Batismo da arte

Com os anos, o bairro copta acabou abrigando outras denominações religiosas: há uma igreja que se transfou em sinagoga, uma mesquita, uma igreja greco-ortodoxa e outra que foi construída com estilo arquitetônico árabe e, por isso, diz-se que “a arte islâmica foi batizada”.

Do Cairo para a Rádio Vaticano, Bianca Fraccalvieri








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