Preocupação dos religiosos (as) venezuelanos com crise no país


Caracas (RV)  - Seja ouvido o grito do povo sofredor. Esta é a exortação da Conferência dos Religiosos e das Religiosas da Venezuela (CONVER), que expressa por meio de um comunicado forte preocupação pela situação vivida no país.

No documento é denunciada, em particular, a "indolência do governo nacional", interessado somente em manter o poder, sem levar em consideração o preço pago pelo povo que necessita de comida, remédios, segurança e paz.

No comunicado, ademais, é lançado um premente apelo para que sejam garantidos, para o bem da Venezuela, os processos democráticos. Os poderes do Estado - recordam os religiosos e as religiosas da Venezuela - devem ser independentes um do outro. O organismo religioso avalia depois como "por nada responsáveis, moralmente inaceitáveis e portanto reprováveis" as recentes decisões tomadas pela Corte Suprema.

Pretextos após a votação da Corte Suprema

Nos últimos dias, o Estado sul-americano foi sacudido por protestos surgidos após a decisão de 30 de março da Corte Suprema. Um voto controverso com o qual o Parlamento foi esvaziado de qualquer função.

Logo após, a Assembleia Nacional - onde a oposição tem a maioria -  aprovou a abertura do procedimento de remoção dos magistrados responsáveis pela sentença, anulada mais tarde, que atribuía à Alta Corte as funções de poder legislativo.

País abalado por grave crise

Momentos de grande tensão foram vividos em particular na última terça-feira, em Caracas, quando grupos paramilitares ligados ao governo abriram fogo contra a multidão que protestava.

A polícia impediu aos manifestantes, entre os quais o Presidente da Assembleia Nacional, Júlio Borges, de chegarem à sede do Parlamento.

A situação na Venezuela é muito grave. Na opinião de diversos especialistas, a crise mundial, a queda do preço do petróleo e a corrupção, prejudicaram a economia do país, onde entre outros, se registra uma das inflações mais altas do mundo, ao redor dos 475%.

(AL/JE)

 








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