Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco enviou uma mensagem, nesta sexta-feira (07/04), aos participantes da Conferência internacional sobre a situação dos ciganos na Europa, realizada em Roma.
Na mensagem, assinada pelo Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, o Papa manifesta satisfação por esse encontro organizado pela Embaixada da Hungria junto à Santa Sé, que reflete sobre a integração do povo cigano na Comunidade Europeia em geral.
O Papa incentiva as pessoas reunidas a considerem os vários caminhos que excluem a comunidade cigana da participação e dos benefícios da sociedade, e que encontrem soluções para superar as barreiras que os impedem de usufruir de seus direitos fundamentais e cumprir seus deveres.
“Quando indivíduos e comunidades são livres de participar plenamente da vida pública e oferecer sua contribuição, é possível construir a coexistência pacífica, em que as diferentes culturas e tradições protegem seus respectivos valores, não adotando uma atitude de fechamento ou oposição, mas através do diálogo e integração”, frisa o Papa na mensagem. “Desta forma, o bem de todos na sociedade é preservado e promovido, e os marginalizados participam da vida plena da comunidade”.
Com esses sentimentos, o Papa Francisco garante suas orações e invoca sobre os participantes abundantes bênçãos de paz e força.
O Prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, Cardeal Peter Turkson, participou da conferência e em seu discurso ressaltou que “a Igreja está presente no mundo dos ciganos através do serviço de vários sacerdotes, religiosos e leigos que assumem essa missão, partilhando a vida dos ciganos e abraçando muitas vezes o seu modo de viver”.
“Os ciganos, não obstante sua presença secular na Europa, formam a minoria mais marginalizada e discriminada nos direitos humanos fundamentais”, sublinhou o Cardeal Turkson.
Segundo o purpurado, o maior problema que os ciganos devem enfrentar, além da marginalização
“é o anticiganismo, fenômeno que aumenta cada vez mais em nossas sociedades e que
muitas vezes gera atos de violência e racismo”.
Para o Cardeal Turkson, “a integração dos ciganos apresenta para a sociedade o desafio
de conhecer a sua identidade, história e valores. Essa integração deve se basear em
quatro pilares que correspondem a quatro direitos humanos negados a esse povo: educação,
trabalho, assistência médica e moradia digna”.
“A educação é o primeiro fator de uma integração autêntica e prepara a pessoa para
a participação ativa na vida política, social e econômica em posição de igualdade
em relação aos outros. Infelizmente, a frequência escolar das crianças e jovens ciganos
deixa muito a desejar”, frisou.
(MJ)
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