Papa: caminho da paz é única verdadeira resposta à violência


Cidade do Vaticano (RV) - “Percorrer o caminho da paz não é sempre fácil, mas é a única verdadeira resposta à violência.” É o que escreve o Papa Francisco numa carta ao arcebispo de Chicago, Cardeal Joseph Cupich – reporta o jornal vaticano “L’Osservatore Romano”.

A missiva do Pontífice foi enviada por ocasião da apresentação na arquidiocese norte-americana – uma das metrópoles estadunidenses mais fortemente marcadas pela criminalidade – de uma campanha sobre a não-violência, que terá seu ponto alto na Sexta-feira Santa com uma marcha pela paz.

Significativamente, a iniciativa foi lançada esta terça-feira , 4 de abril, no 40º aniversário do assassinato de Martin Luther King. O Santo Padre refere-se justamente ao pastor protestante apóstolo da não-violência e dos direitos humanos.

Luther King – com o amor, rejeitar a vingança, a agressão e a represália

De fato, Francisco cita as palavras de Luther King, segundo o qual a humanidade é chamada a “desenvolver para todos os conflitos humanos um método que rejeite a vingança, a agressão e a represália. O fundamento de tal método é o amor”.

Para o Papa trata-se de “palavras proféticas”, às quais exorta todos, em particular os jovens, a responder conscientes de “que uma cultura da não-violência não é um sonho irrealizável, mas um caminho que produziu resultados importantes. A prática coerente da não-violência rompeu barreiras, enfaixou feridas, curou nações, e pode curar Chicago”.

Mostrar a força do amor às futuras gerações

Daí, a oração – assegura o Santo Padre ao Cardeal Cupich –, “para que os habitantes de sua bela cidade jamais percam a esperança, a fim de que trabalhem juntos para tornar-se construtores de paz, mostrando às futuras gerações a verdadeira força do amor”.

O pensamento do Papa dirige-se, obviamente, também às vítimas da criminalidade: “Sei que muitas famílias perderam seus entes queridos por causa da violência. Faço-me próximo delas, participo de sua dor e rezo a fim de que possam experimentar a cura e a reconciliação por meio da graça de Deus”.

Infelizmente, acrescenta, “pessoas de diferentes origens étnicas, econômicas e sociais sofrem discriminações, indiferença, injustiça e violência”.

Alimentar e ensinar abertura do coração e da mente

Todavia, “devemos rejeitar esta exclusão e este isolamento e não pensar num grupo como se fossem ‘outros’, mas como nossos irmãos e irmãs. Esta abertura do coração e da mente deve ser ensinada e alimentada nas casas e nas escolas”.

Francisco assegura também sua participação espiritual na marcha da paz: “Ao tempo em que percorrerei a Via-Sacra em Roma neste mesmo dia, o acompanharei na oração, bem como todos aqueles que caminharão consigo e que sofreram violência”. (L’Osservatore Romano / RL)








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