Tijuana (RV) - Realizou-se, neste domingo (19/03), na Arquidiocese de Tijuana, situada no confim entre México e Estados Unidos, a 17ª macha pela vida, a paz e os migrantes.
A arquidiocese manifestou sua proximidade aos migrantes no momento em que os Estados
Unidos confirmaram o desejo de erguer muros. A marcha tradicional pela vida é promovida
pela Igreja local e este ano quis ser um evento, sobretudo, para os migrantes. Teve
início com a oração diante do muro, que existe há vários anos, em Tijuana, situado
na fronteira.
O arcebispo dessa cidade, Dom Francisco Moreno Barrón, inseriu no muro alguns sinais
da cruz e da coroa de espinhos. “Um gesto que fala por si mesmo”, disse ele segundo
a Agência Sir.
“Queremos estar próximos a todos os nossos irmãos migrantes, não somente dos que atravessam
esta fronteira. Toda a comunidade humana é uma só família que saiu das mãos de Deus,
por amor. Somos chamados a viver no amor como uma só família”, sublinhou.
“Infelizmente, por causa do egoísmo presente no mundo e no âmago das pessoas se ergueram muros, não somente no passado, mas também no presente, muros que pretendem nos dividir, estabelecer distâncias e às vezes nos colocar uns contra outros, quando, ao invés, precisamos de pontes que nos ajudem a construir a fraternidade, a viver em paz e a realizar o sonho de Deus para os seus filhos: que vivam unidos no amor”, disse ainda Dom Moreno Barrón.
“Estamos conscientes de que somos uma arquidiocese migrante. O sinal de estar aqui
diante do muro é muito significativo. Peçamos a Deus para proteger os nossos irmãos
migrantes”, concluiu o arcebispo.
A marcha pela vida e pelos migrantes prosseguiu com a procissão e a celebração da
Eucaristia.
(MJ)
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