Bangladesh: Casamento Infantil


Cidade do Vaticano (RV) - Representantes da Igreja Católica local condenaram a lei que acabou de ser aprovada em Bangladesh que permite, e incentiva, em alguns casos, o casamento de menores. Essa medida provocou fortes protestos das organizações de Direitos Humanos, aos quais se associou a Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal. Para Dom Gervas Rozario, Bispo de Rajshahi, o parlamento cometeu um grave erro ao aprovar o casamento infantil.

O Parlamento ainda introduziu situações especiais para o matrimônio precoce, que permite casamentos de mulheres menores de idade em casos específicos, por exemplo, gravidez acidental ou ilegal, que salvariam a honra da jovem. Ao contrario do que se esperava com essa medida, a mesma poderá aumentar o número de casamento infantil no país.

Uma das preocupações  das  Organizações dos Direitos Humanos é com a  clausula que legaliza os casamentos para reparar a gravidez resultado de violência sexual. O Bispo de Rajshahi, acredita que agora haverá muitos tutores aproveitando para organizar o casamento entre menores. “A policia e os ativistas nada poderão fazer para impedi-los.”

A regra geral determina que a idade legal para o casamento é de 21 anos para homens e 18 para mulheres. Bangladesh é o país asiático com a maior taxa de casamento infantil, segundo os dados oficiais. A pobreza e a tradição cultural são os principais fatores que levam as famílias a organizarem casamentos de meninas em idade precoce.

Os dados oficiais também apontam que, 52% das noivas tem menos de 18 anos de idade, e 18% menos de 15 anos. Segundo Ayesha Khanom, Presidente da organização  de Bangladesh Mahila Parishad, a nova lei é uma vergonha e uma desgraça para todos. (MD)   

 








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