Eleições presidenciais em Honduras: bispos dizem não à corrupção


Tegucigalpa (RV) - A Conferência Episcopal de Honduras (CEH) dirige-se a todos os fiéis católicos do país centro-americano oferecendo algumas considerações sobre a iminente campanha eleitoral que culminará nas eleições presidenciais previstas para 26 de novembro deste ano.

Na mensagem divulgada esta segunda-feira (27/02) os bispos lamentam o fato de o tema da reeleição do atual presidente, Juan Orlando Hernández, “ter gerado confusão entre os cidadãos”.

De fato, tendo na Constituição um artigo que originalmente proibia a reeleição, “sua modificação foi considerada inconstitucional por uma parte da população e, todavia, foi admitida como constitucional pelas autoridades e por outra parte da população”. Um iter que foi, porém, caracterizado pela “clareza jurídica necessária”, afirmam os prelados hondurenhos.

Pleito eleitoral: decisões guiadas por princípios

Em todo caso, os bispos pedem aos católicos que reflitam com atenção durante a campanha eleitoral que se aproxima, “a fim de que a decisão que será tomada nas eleições seja guiada por princípios que são fundamentais para toda a convivência democrática”.

Nessa ótica, os prelados indicam alguns âmbitos de compromisso, observando que a campanha eleitoral se realiza num clima de “crescente violência, corrupção e impunidade”, e de desconfiança da população em relação a algumas instituições”.

Voto livre e sem enganos

Entre as prioridades, destacam o pedido de uma autêntica liberdade e, em particular, de uma campanha na qual o voto seja dado livremente, sem enganos, ameaças e compra do mesmo; a urgência de uma maior equidade nas relações sociais, “com direitos reconhecidos para que todos vivamos com dignidade”.

Destaca-se ainda, dirigidos aos candidatos, o pedido de transparência e de promessas concretas e factíveis durante a campanha eleitoral; e a necessidade de que quem se engaja na política saiba em primeiro lugar buscar o bem-comum.

Diálogo e respeito entre as várias partes

A mensagem prossegue convidando todos os fiéis à participação e ao compromisso responsável, privilegiando o diálogo e o respeito entre as várias partes, sem deixar de rezar pelo futuro do pais. (RL / Sir)








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