Cristão coptas, "presas favoritas" do EI no Egito


Cairo (RV) – Horror e consternação no Egito. Mais dois cristãos foram mortos na Península do Sinai por extremistas do autoproclamado Estado Islâmico.

Os jihadistas haviam ameaçado em um vídeo atacar os cristãos coptas do país. Desde o início do ano, no Egito, foram mortos 5 cristãos. Em dezembro morreram 27 no atentado contra uma igreja no Cairo.

Dois cristãos: um pai, Medhat, de 65 anos, e seu filho Saad, de 45, foram trucidados no nordeste da Península do Sinai, infestada por integralistas do Isis. O corpo do filho foi encontrado queimado. As duas mortes ocorrem após a divulgação de ameaças dos jihadistas. Em um vídeo divulgado recentemente afirmavam: os coptas são nossa “presa favorita”.

Este é “somente o início” da perseguição contra “os infiéis”, afirmam os radicais islâmicos. Mas em seus ataques, são mortos também muçulmanos moderados.

Os coptas representam cerca de 10% da população egípcia, representando a maior comunidade cristã do Oriente Médio. Eles pedem maior proteção por parte das autoridades.

O Isis já havia ferido a comunidade copta em 2015 ao degolar 20 cristãos egípcios em uma praia na costa líbica. Aqueles que agora são considerados “mártires da fé”, invocaram o nome de Jesus antes de morrer, perdoando seus assassinos.

Sobre os motivos daquela que está se tornando uma verdadeira perseguição contra a comunidade cristã no Egito, a Rádio Vaticano entrevistou o Diretor da Ajuda á Igreja que Sofre (AIS)- Itália:

“Infelizmente, no Egito, a situação é terrivelmente caótica, como em outras realidades daquela região do Oriente Médio, porque as primaveras árabes, no final das contas, não surtiram todos os efeitos extraordinários que pensávamos pudessem ocorrer. E no Egito, de maneira particular, a comunidade cristã copta neste momento é acusada de forma ainda cruenta, violenta – por parte dos homens da comunidade islâmica mais extremada – faço referência a Al Qaeda, a alguns pertencentes à Irmandade Muçulmana e ao próprio Daesh – de ter conspirado em 2013 para a destituição do então Presidente Morsi, líder da Irmandade Muçulmana. A comunidade cristã copta não votou em Morsi, pois via riscos de islamização do país. A comunidade cristã copta sofre desde 2013, ou seja, desde quandofoi destituído Morsi e foi eleito o novo Chefe de Estado egípcio”.

RV: De que forma seria possível estar próximos da comunidade cristã egípcia neste momento?

“Antes de tudo com a oração, depois com a informação; se não somos informados sobre o que acontece no Egito, como em outros países do Oriente Médio, não estaremos nunca em condições de agir. Por fim, com aquela generosidade material da qual a Igreja copta no Egito tem necessidade. Conto somente uma história: em outubro de 2015 recebemos uma forte solicitação de uma pequena comunidade católica copta. Rezavam – não tendo um local idôneo – encontrando-se diante de uma Cruz desenhada no muro. Pediam finalmente, par ter um lugar digno de oração. Hoje eles tem este local graças à generosidade, sobretudo dos benfeitores italianos da Ajuda à Igreja que Sofre”.

(SC/JE)








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