Igreja Ortodoxa russa contra retórica militarista


Moscou (RV) – A retórica militarista é inaceitável, diz o Metropolita Hilarion, de Volokalamsk, Chefe do Departamento de Relações Externas do Patriarcado de Moscou.

"Antes de tudo, não devemos permitir a guerra. E quando se ouve, mais uma vez, chamados à guerra, a retórica militarista, inclusive da boca dos representantes da Igreja (como um chamado que foi ouvido há algum tempo, de que uma guerra nos ajudaria,  nos purificaria), estas são, naturalmente, totalmente absurdas e, na minha opinião, afirmações blasfemas", afirmou o Metropolita, falando das lições da revolução no programa “Church and the World” no canal Rossiya-24 TV.

Nenhuma guerra "jamais ajudou alguém, a guerra é sempre uma desgraça e uma tragédia para as pessoas", reiterou ele.

A Grande Guerra Patriótica foi uma das consequências da Revolução russa, afirmou. "E não podemos sequer imaginar o que seria nosso país se não tivesse tido a revolução e a guerra. Teríamos agora uma diferente quantidade, qualidade de população", observou.

O povo, que tomou o poder como resultado – explicou - violou "a coisa mais sagrada que nosso povo tinha, e quando aconteceu, quando eles quebraram a espinha dorsal moral que sustentara nosso estado por mil anos, isso levou a toda a permissividade E o terror desenfreado, repressões, execuções em massa contra o nosso próprio povo ".

Em fevereiro de 2017, a Igreja se tornou influente e poderosa, tendo "demonstrado os notáveis frutos da santidade" no início do século XX. Por outro lado, havia sérias falhas em sua estrutura administrativa porque, desde Pedro, o Grande, foi privada do Patriarcado e tornou-se parte da maquinaria estatal, disse ele.

"Foi a restauração do Patriarcado, que ocorreu ao mesmo tempo em que os bolcheviques estavam tomando o poder no país, que deu à Igreja um novo ímpeto para continuar a existência histórica necessária para superar as perseguições", disse o hierarca.

(Interfax/je)








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