Bioética: hoje o homem persegue sonho de onipotência, diz Dom Paglia


Cidade do Vaticano (RV) - Os membros do Centro nacional de bioética da Conferência episcopal estadunidense estiveram reunidos estes dias em Dallas, no Texas, em seu “Workshop” anual, com os bispos e especialistas.

Um dos convidados foi o presidente da Pontifícia Academia para a Vida e chanceler do Instituto João Paulo II, Dom Vincenzo Paglia. O arcebispo italiano chamou a atenção para uma nova cultura da vida capaz de “reconstruir” uma antropologia adequada para os desafios contemporâneos, não “entrando em conflito” com realidades que não conhecemos.

Antes de identificar os “inimigos”, aprendamos a conhecer os companheiros de caminhada, exortou. “A Igreja tem um grande tesouro de sabedoria humana que pode inspirar um novo humanismo em relação a todas as culturas”, disse o prelado.

Dom Paglia evocou a exigência de um atento discernimento dos sinais dos tempos, sem atitudes rigoristas e sem esconder  aspectos negativos . “Hoje o homem, como enlouquecido, persegue um sonho de onipotência, iludindo-se poder reestruturar como lhe apraz” o laço indissolúvel que une o matrimônio entre homem e mulher e a essência da vida.

Diante da necessidade de identificar os desafios éticos que se nos apresentam e de oferecer respostas inclusivas, o presidente da Pontifícia Academia para a Vida evidenciou três pontos-chave: o desenvolvimento da medicina preventiva, a pretensão de gerir tecnologicamente a geração humana, a dificuldade de falar de natureza humana de modo não somente defensivo.

Trata-se de problemas enormes que impõe uma nova cultura, capaz de ir além dos limites impostos pelos horizontes culturais e linguísticos da tecnologia para “abrir-nos a um novo sentido de responsabilidade para a construção de sempre novas alianças com pessoas, culturas e religiões, unidas no propósito de não querer assistir ao pôr do sol sobre a humanidade”, ressaltou Dom Paglia. (Sir / RL)








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