2017-02-13 09:24:00

Semana do Papa de 6 a 12 de fevereiro


Nesta “Semana do Papa” destaque especial para a Mensagem de Francisco para a Quaresma neste ano de 2017. Atenção ainda para a audiência geral e o Angelus deste VI Domingo do Tempo Comum.

Caminhar juntos no mesmo batismo

Na segunda-feira dia 6 de fevereiro o Papa recebeu em audiência no Vaticano uma Delegação Ecuménica da Igreja Evangélica na Alemanha. O Santo Padre encontrou-se com um grupo de vinte três pessoas acompanhadas pelo Presidente da Conferência Episcopal Alemã, o Cardeal Reinhard Marx.

No discurso que proferiu na ocasião, Francisco sublinhou a importância da comemoração conjunta, entre evangélicos e católicos, dos 500 anos da Reforma Protestante.

O Santo Padre apontou a ajuda aos que mais sofrem e a defesa do ambiente como áreas nas quais podem colaborar católicos e evangélicos, na oração e na ação concreta na sociedade.

Destaque para uma afirmação sintética e forte do Papa: “Temos o mesmo Batismo: devemos caminhar juntos sem nos cansarmos”.

A Palavra e o outro: dons para a Quaresma

Na terça-feira dia 7 de fevereiro foi publicada a Mensagem do Papa para a Quaresma deste ano de 2017 com o título: “A Palavra é um dom. O outro é um dom”. Francisco afirma que o tempo quaresmal “não cessa de nos dirigir um forte convite à conversão” para crescer “na amizade do Senhor”. “Jesus é o amigo fiel que nunca nos abandona” – escreve o Santo Padre que sublinha a Quaresma como o “momento favorável para intensificarmos a vida espiritual” convidando os cristãos “a ouvir e meditar com maior assiduidade” a Palavra de Deus.

Na sua Mensagem o Papa reflete sobre a parábola do homem rico e do pobre Lázaro relatada no Evangelho de S. Lucas e realça que Lázaro aos olhos do homem rico é como que invisível, mas para nós “aparece como um ser conhecido e quase de família, torna-se um rosto; e, como tal, é um dom, uma riqueza inestimável, um ser querido, amado, recordado por Deus”.

Francisco afirma que é possível entrever-se no homem rico “a corrupção do pecado, que se realiza em três momentos sucessivos: o amor ao dinheiro, a vaidade e a soberba”.

O homem rico vive na “opulência”, nas aparências, na vaidade e na soberba. Apegado ao dinheiro “o rico não vê o pobre esfomeado, chagado e prostrado na sua humilhação” – diz Francisco citando S. Mateus: “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”.

A parte principal da parábola de S. Lucas “desenrola-se no Além” – diz-nos o Papa – “onde o rico tece um longo diálogo com Abraão”, que no meio dos tormentos do Além reconhece Lázaro e quer que Abraão lhe diga para avisar os seus irmãos vivos. Mas Abraão diz-lhe que eles devem ouvir a Palavra de Deus através de Moisés e dos Profetas. Eis o “verdadeiro problema do rico” – afirma Francisco – não dá ouvidos à “Palavra de Deus” algo que o levou a “deixar de amar a Deus e, consequentemente, a desprezar o próximo”.

“A Palavra de Deus é uma força viva, capaz de suscitar a conversão no coração dos homens e orientar de novo a pessoa para Deus. Fechar o coração ao dom de Deus que fala, tem como consequência fechar o coração ao dom do irmão” – declara o Papa.

Francisco termina a sua Mensagem para a Quaresma deste ano de 2017 afirmando que é este o “tempo favorável para nos renovarmos, encontrando Cristo vivo na sua Palavra, nos Sacramentos e no próximo”.

Ajudar os menores escravizados

Na quarta-feira dia 8 de fevereiro o Papa encontrou-se com milhares de fiéis na Sala Paulo VI durante a tradicional audiência geral. Francisco prosseguiu o ciclo de catequeses sobre a esperança cristã e afirmou que quem perde a esperança pode fazer coisas feias. Por isso, devemos aprender a esperar ajudando os mais frágeis.

Nas saudações nas várias línguas destaque para Santa Bakhita, a escrava sudanesa cuja memória se celebra no dia 8 de fevereiro que é o Dia de Oração e Reflexão Contra o Tráfico de Pessoas, este ano dedicado às crianças e aos adolescentes. O Papa fez um forte apelo para que todos aqueles que ajudam os menores escravizados continuem a combater com “decisão esta praga” e “crime vergonhoso e intolerável”.

Na pessoa de Santa Josephina Bakhita o Santo Padre pediu orações para todas as pessoas migrantes, refugiadas e abusadas:

“Esta rapariga escravizada em África, abusada, humilhada, não perdeu a esperança e levou em frente a fé e acabou por chegar como migrante à Europa. E ali sentiu o chamamento do Senhor e fez-se freira. Rezemos a Santa Josephina Bakhita por todos os migrantes, os refugiados, os abusados que sofrem tanto.”

Vigiar pela saúde dos idosos

Na sexta-feira dia 10 o Papa referiu-se ao Dia Mundial do Doente quando recebeu os participantes  de um encontro da Conferência Episcopal Italiana:

“Quando a pessoa doente não é posta ao centro e considerada na sua dignidade, geram-se atitudes que podem levar até mesmo a especular sobre as desgraças dos outros. E isto é muito grave! Devemos ser vigilantes, sobretudo quando os pacientes são idosos com uma saúde muito comprometida, se estão a sofrer de doenças graves e onerosas para a sua cura ou são particularmente difíceis, como pacientes psiquiátricos”.

Não insultar, não desejar a mulher do outro e não jurar

No Angelus deste dia 12 de fevereiro, VI Domingo do Tempo Comum, o Papa refletiu sobre mais uma parte do Sermão da Montanha proposta pelo Evangelho da liturgia dominical. Francisco pediu aos fiéis para não insultarem, não olharem com olhos maus, olhos de posse a mulher do outro e a não jurarem.

E com o Angelus deste domingo, terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 6 a 12 de fevereiro. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa.

(RS)








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