Secretário-geral dos bispos italianos: não condenar divorciados recasados


Roma (RV) - “A atitude em relação a quem experimentou a fragilidade do próprio amor deve ser capaz de integração e desprovida de sentenças de condenação, inclusive em relação a quem contraiu uma nova união.”

Foi o que afirmou o secretário-geral da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Dom Nunzio Galantino, falando esta segunda-feira (13/02) às Filhas de Maria Auxiliadora num encontro formativo sobre o tema “Cultura do Encontro e Amoris Laetitia”.

O bispo citou palavras de Bento XVI e do Papa Francisco, que no Ano jubilar encerrado em novembro passado exortou a comunidade eclesial a adotar em relação aos divorciados recasados e, em geral, às famílias frágeis e feridas, “uma perspectiva menos julgadora e mais radiosa, mediante o colírio da misericórdia, que sempre iluminou o olhar dos fiéis”.

“Somos chamados a formar as consciências, não a pretender substituí-las, advertiu Dom Galantino na esteira Exortação apostólica da “Amoris laetitia” do Papa Francisco.

“Ao acompanhar as consciências o segredo para evitar as crises de pânico diante da transformação cultural que estamos vivendo é um olhar novo sobre a caducidade do homem”, acrescentou.

Daí, a necessidade de “dar novo espaço ao gênio e à sensibilidade feminina”, indo além quer da “esterilidade do feminismo que, partindo da legítima necessidade de restituir dignidade à mulher, colocou-a numa contínua competição com o mundo masculino, acabando por fazer-lhe perder a sensibilidade feminina e restringi-la tragicamente em alguns traços viris”; quer do “clericalismo que por vezes atinge também os leigos, quando têm cheiro mais de sacristia do que de família“. (RL)








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