Crianças-soldado: vítimas e rés de conflitos armados


Nova Iorque (RV) – Celebra-se neste domingo (12/02), o Dia Internacional contra o uso de Crianças-soldado, proclamado pelas Nações Unidas.

No mundo, milhões de crianças lutam em guerras e conflitos armados. Muitas delas, meninas e meninos, na América Latina, África, Ásia e também Europa. A maioria das crianças-soldado encontra-se no continente africano.

Segundo estimativas da ONU, mais de 100 mil crianças são utilizadas como soldados, sobretudo em Uganda, Libéria, República Democrática do Congo e Sudão.

Atualmente, existem dezenas de conflitos armados, nos quais crianças e adolescentes são aliciados e obrigados a fazer parte de exércitos nacionais, forças ou grupos armados. Muitos desses jovens são recrutados à força, outros se alistam voluntariamente, porque quase não veem ou não têm alternativa a não ser participar da guerra.

Os motivos deste presumível "voluntariado" são a falta de ocupação ou formação profissional e o desejo de fugir da violência em ambiente familiar. A vingança também é um fator que impulsiona o alistamento voluntário de crianças e adolescentes, por causa da perda de um ente querido, em consequência de conflitos armados ou guerras.

Abuso sexual

A vida das crianças-soldado é dura e perigosa, afirmam especialistas das Nações Unidas, pois geralmente atuam como mensageiras, espiãs, e, muitas vezes, até precisam transportar explosivos e manejar pistolas, fuzis e metralhadoras.

As meninas frequentemente são obrigadas a satisfazer os desejos sexuais dos soldados nos acampamentos. As crianças-soldado não são somente vítimas em conflitos armados, elas também são, ao mesmo tempo, réus.

Como prova de "dureza", muitas vezes, são obrigadas, sob pena de morte, a assassinar amigos e membros da própria família. As crianças também são usadas como soldados por serem mais maleáveis e dóceis que os adultos e, por isso, são doutrinadas a obedecer e a matar. Em muitos casos, isto ocorre sob a influência de drogas e bebidas alcoólicas. As crianças que passam por estas experiências sofrem danos emocionais e físicos, muitas vezes irreparáveis, durante a toda a sua vida. (MT)

 








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