Migração: círculo de oração na praia onde foi encontrado morto o pequeno Samuel


Barbate (RV) – Cerca de 200 sacerdotes, representantes de ONGs e moradores das cidades espanholas de Barbate e Tarifa se reuniram em oração nesta semana na praia de Mangueta de Zahora, em Barbate. A iniciativa, realizada na última quarta-feira (1), foi organizada pelo Secretariado Diocesano para as Migrações.

O círculo de oração aconteceu no lugar em que, no dia 14 de janeiro, foi encontrado o corpo de um menino de seis anos, supostamente migrante que tentava chegar à Europa pelo mar, a quem foi dado o nome de "Samuel". As autoridades descobriram, depois, que Samuel vinha do Congo com a mãe.

Samuel é considerado o Aylan espanhol, uma referência à criança síria em fuga da guerra que se afogou no mar com os familiares. O evento na praia espanhola, segundo Gabriel Delgado, diretor do Secretariado para as Migrações da diocese de Cadiz y Ceuta, "impressionou a nossa consciência e a de toda a sociedade".

O momento de oração foi aberto com a leitura de uma mensagem do bispo da diocese local, Dom Rafael Zornoza Boy, em que expressava a sua solidariedade e repúdio às consequências da atual crise humanitária e social: "mais do que nunca devemos nos despertar da anestesia egoísta e do individualismo que caracterizam hoje as relações humanas para unir as nossas forças em oração e ação. Devemos dizer em voz alta a palavra que melhor expressa aquilo que vemos e ouvimos: vergonha!", escreveu o bispo.

A Espanha é uma das metas de embarcações de africanos que tentam a sorte no Mediterrâneo. Segundo a Guarda Costeira Espanhola, não é fácil o controle da região diante do tráfego de navios do Marrocos que são autorizados a navegar e a administrar parte do comércio marítimo. (Agência Fides/AC)








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