Papa no Dia da Memória: recordar o Holocausto para que não aconteça mais


Cidade do Vaticano (RV) – Nesta sexta-feira (27), Dia da Memória pelas Vítimas do Holocausto, Papa Francisco, em suas nove contas no Twitter, exortou a nunca esquecer as lágrimas daqueles que sofreram com o nazismo. Diz o tuíte: “Hoje eu desejo fazer memória no coração de todas as vítimas do Holocausto. Seu sofrimento, suas lágrimas, nunca sejam esquecidos”.

Durante a manhã, o Pontífice recebeu uma delegação do European Jewish Congress, a federação das comunidades dos judeus da Europa, que representa mais de dois milhões de pessoas. No encontro estava presente o Pe. Norbert Hoffmann, secretário da Comissão da Santa Sé para as Relações Religiosas com o Judaísmo, que conversou com a Rádio Vaticano.  

Pe. HoffmannO Papa começou o diálogo mencionando este dia importante para os judeus, mas também para nós, porque é importante lembrar as vítimas do Holocausto para que essa tragédia humana nunca mais se repita.

E da parte da delegação judaica?

Pe. HoffmannO presidente da European Jewish Congress, Moshe Kantor, falou da importância da ética, dos valores cristãos e judaicos que temos em comum. Falou que no nosso mundo a gente vê muitos progressos, mas também uma degradação dos valores morais e éticos. Então, é necessário reforçar esses valores que temos em comum, judeus e cristãos. E depois também falou da importância da educação e da família. O Papa estava plenamente de acordo com esses temas.

Um encontro significativo que mostra, mais uma vez, quanto é fecundo o diálogo entre católicos e judeus...

Pe. HoffmannSim, certamente. O Papa também disse que, na sua família, seu pai recebia sempre os judeus. Dessa forma, ele cresceu numa atmosfera favorável aos judeus. Falando da sua história pessoal, disse que sempre tinham judeus que iam visitá-lo e, assim, já desde criança, o nosso Papa aprendeu a ter amigos judeus.

No final do mês de julho do ano passado, Papa Francisco fez uma pausa na Jornada Mundial da Juventude na Polônia e visitou os campos de concentração de Auschwitz e Birkenau. O Pontífice deixou uma mensagem em espanhol ao assinar o Livro de Ouro que dizia: “Senhor, tem piedade do teu povo. Senhor, perdão por tanta crueldade”. (Sergio Centofanti/AC)








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