Diretor da Caritas de Roma: plano de prevenção para moradores de rua no frio


Roma (RV) – O inverno rigoroso europeu, com baixas temperaturas que já chegaram a 20 graus negativos na Polônia, fez três vítimas por hipotermia em Roma. O último morador de rua que sofreu com o trágico destino do frio foi encontrado morto dois dias atrás num estacionamento público da capital italiana. A situação dramática, muitas vezes denunciada pelo Papa Francisco, ganha ainda mais empenho de voluntários para enfrentar a emergência de um frio que mata.

Em entrevista à Rádio Vaticano, o diretor da Caritas de Roma, Enrico Feroci, primeiramente comentou sobre os números do inverno na Itália: seis pessoas morreram no país, três somente em Roma.

Enrico Feroci – Não se pode enfrentar o frio sempre como uma emergência, correndo atrás daquilo que se poderia ou se deveria fazer. É absolutamente necessário fazer um plano de prevenção para evitar essas coisas. Com o frio deste ano, neste momento, é preciso pensar ao frio de dezembro de 2017, de janeiro e fevereiro de 2018 e se organizar, porque não tem uma organização que consiga dar uma resposta a tantas pessoas, realmente porque a pobreza está aumentando e todos permanecem na rua.

Papa: encontrar o Senhor no homem que sofre

O diretor da Caritas também abordou a relação do Papa com essa situação de emergência e sobre aqueles que ajudam quem precisa.

Enrico Feroci – Eu diria que o Papa Francisco pela manhã, quando acorda, a primeira oração que faz é realmente para os pobres e também para aqueles que estão próximos a esse mundo. É como se falasse: “O Senhor está ali”, como nos dizia Jesus no Evangelho: não ia procurá-lo no Templo, mas no pobre que precisa de ajuda. Papa Francisco está nos dizendo onde precisamos encontrar o Senhor, ali, onde está o homem que sofre. Ele nos diz isso continuamente e acredito que esteja também ali o estímulo, a beleza daquilo que está dizendo e está fazendo por nós. (Alessandro Gisotti/AC)








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