Viena (RV) - A paz deve ser prioridade na agenda da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE). Foi o que disse esta quinta-feira (12/01) o representante permanente da Santa Sé junto à OSCE, Mons. Janusz Urbańczyk, em pronunciamento em Viena, na Áustria, na 1127ª sessão plenária do Conselho permanente deste organismo intergovernamental.
Ação em favor da paz e rejeição à violência
Recordando que o início de 2017 foi abalado por vários conflitos e atentados, o diplomata vaticano explicou que esta preocupante realidade nos impele à ação e a rejeitar a violência.
“A não-violência é por vezes entendida no sentido de rendição, resignação e passividade, mas na realidade não é assim... Porque a força das armas é enganosa,” disse o prelado recordando o que havia ressaltado o Papa Francisco na Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2017.
Papel construtivo e importante das religiões
Mons. Urbańczyk acrescentou que a Santa Sé deseja mais uma vez evidenciar o papel construtivo e importante que as religiões podem assumir, sobretudo numa perspectiva de prevenção dos conflitos, para a reconciliação e a reconstrução da sociedade após a guerra.
Após deter-se sobre o drama de povos em fuga de conflitos, de perseguições e da pobreza, o representante vaticano afirmou que os Estados têm o dever de garantir aos migrantes e aos refugiados as liberdades fundamentais, entre as quais a liberdade religiosa.
Emergências ambientais, intolerância e discriminação
Ademais, os desafios que a presidência de turno da OSCE – assumida pela Áustria em 1º de janeiro – deverá enfrentar estão ligados às emergências ambientais e às situações críticas que alimentam intolerância e discriminação, inclusive em relação aos muçulmanos, cristãos e membros de outras religiões, disse o observador permanente.
A delegação da Santa Sé atribui grande importância ao diálogo e à colaboração entre religiões para promover o respeito recíproco e a paz, concluiu Mons. Janusz Urbańczyk. (RL)
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