Relatório Fides: 28 agentes pastorais mortos em 2016


Cidade do Vaticano (RV) - A Agência Fides publicou, nesta sexta-feira (30/12), o relatório anual sobre os agentes pastorais mortos durante 2016.


 
Este ano, foram mortos no mundo 28 agentes pastorais católicos, ou seja, 14 sacerdotes, 9 religiosas, 1 seminarista e 4 leigos.
 
Pelo oitavo ano consecutivo, o número mais elevado se verificou na América onde foram assassinados 12 agentes pastorais (9 sacerdotes e 3 religiosas); na África, foram mortos 8 (3 sacerdotes, 2 religiosas, 1 seminarista e 2 leigos); na Ásia, foram assassinados 7 (1 sacerdote, 4 religiosas e 2 leigos); e na Europa, foi morto 1 sacerdote, o padre francês Jacques Hamel, vítima de terrorismo enquanto celebrava a missa.

Como aconteceu nos últimos anos, a maior parte dos agentes pastorais morreu depois de tentativas de roubo ou furto, perpetradas violentamente em contextos marcados pela degradação moral, pobreza econômica e cultural, pela violência como regra de comportamento, e pela falta de respeito pelos direitos humanos e pela vida.

Nestes contextos, os sacerdotes, as religiosas e os leigos assassinados estavam entre aqueles que denunciavam com coragem as injustiças, as discriminações, a corrupção e a pobreza em nome do Evangelho. Trabalhavam junto com os mais pobres e alguns foram mortos pelas próprias pessoas que ajudavam. 

O relatório da Agência Fides recorda os três sacerdotes sequestrados e mortos, no México, pelo compromisso na luta contra o narcotráfico, e também o sacerdote mexicano Pe. José Luis Sánchez Ruiz, da Diocese de San Andres Tuxtla, Veracruz, sequestrado e depois libertado com “sinais evidentes de tortura”, depois de receber ameaças por causa das críticas contra a corrupção e o crime. 

Outros agentes foram mortos no Brasil, Venezuela, Colômbia, Haiti, e também, na Flórida, Estados Unidos. Na Nigéria, Sudão do Sul e República Democrática do Congo, sacerdotes, religiosas e agentes da Caritas perderam a vida, vítimas de emboscadas e agressões.

Agentes pastorais foram mortos nas Filipinas, Indonésia, Síria, e em março, quatro Missionárias da Caridade foram assassinadas no Iêmen. 

No relatório emerge também a preocupação da comunidade cristã por outros agentes pastorais sequestrados ou desaparecidos, dos quais não se têm mais notícias.
 
A Agência Fides recorda que no elenco anual, publicado com uma breve biografia de cada um dos agentes pastorais mortos, deve ser acrescentada a lista longa de muitos homens e mulheres, dos quais talvez nunca teremos notícias, que em todos os cantos da Terra sofrem e pagam com a própria vida a sua fé em Cristo.
 
(MJ)








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