Apóstolas do SCJ: coração aberto para responder aos apelos do Papa


Cidade do Vaticano (RV) – Em 21 de dezembro passado, o Papa Francisco reconheceu as virtudes heroicas da Serva de Deus Clélia Merloni, fundadora do Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus.

O anúncio foi recebido com alegria, especialmente no Brasil, visto que o carisma da Madre cresceu com muita força em nosso país, já que as primeiras irmãs que foram afastadas de Madre Clélia, conheceram o coração dela muito de perto, conforme revela a Superiora Geral da Congregação, Madre Miriam Cunha Sobrinha.

Segundo explicou a religiosa brasileira, a Congregação não tem um único tipo de atividade, não privilegia nenhuma obra em especial, mas busca responder com força às necessidades da Igreja em cada época.

Neste sentido, as Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, seguindo os passos dos Apóstolos, trabalham com educação, com imigrantes, toxicômanos, idosos, crianças, com os pobres, atuando numa “dimensão de reparação, na reconstrução da dignidade humana”.

Esta vasta área de ação, permite dar uma resposta aos apelos do Papa Francisco por uma Igreja em saída, segundo nos conta a Madre Miriam:

“Sim, uma Igreja em saída. Nós também trabalhamos na Universidade, temos uma Universidade no Estado de São Paulo, na cidade de Bauru, onde nós trabalhamos com muita juventude. Isso também nos dá muita possibilidade de poder fazer um trabalho de evangelização também com eles. A Congregação no 17º Capítulo Geral que aconteceu no mês de julho passado, recebeu um mandato de abrir uma missão para a colhida dos imigrantes. Esta missão, seguramente, vai ser aberta no próximo ano, na Sicília. É um grande centro onde chegam tantas naves, tantos navios com estas pessoas. Mais de cem pessoas chegam a cada dia nestes portos da Sicília. E nós estamos dispostas a dar uma resposta. Um outro apelo grande também que o Instituto está procurando responder é acolher a missão com as jovens que são frutos do tráfico, do comércio, da prostituição. Aquelas jovens que vem para a Itália com a promessa de um trabalho e chegam aqui e os protetores – como os chamam – pegam os documentos destas jovens, ficam com elas e colocam elas no trabalho da prostituição. É um trabalho de escravidão muito grande. Então também aqui nós estamos tentando responder a este apelo com a ajuda de outras instituições”.

RV: Madre Miriam, como é a presença da Congregação no Brasil?

“No Brasil estamos no Estado de São Paulo, em várias cidades, no sul de Minas, estamos no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul. Depois tem a Região Centro-norte, que é Brasília, depois os Estados do Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Pará. E no Pará nós temos uma missão, que é na cidade de Juruti, na Diocese de Óbitos, que já é uma comunidade que trabalha com a população ribeirinha”.

“Eu gostaria de dizer que nós Apóstolas estamos com o coração muito aberto, para responder àqueles que são os apelos do Papa Francisco. Eu vejo que todas as irmãs estão se esforçando para dar uma resposta a estes apelos de uma forma muito concreta. E para nós, Congregação, é um motivo de muita alegria. Porque este era um sonho da Madre, que as Apóstolas caminhassem com a Igreja. E nós queremos continuar respondendo a isto, principalmente neste momento atual quando existem tantas formas de pobreza”.

(je)








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