Libertado sacerdote sequestrado na Nigéria


Abuja (RV) – “Padre Jude Onyebadi foi libertado e está em bom estado de saúde”. Foi o que informou à Rádio Vaticano o Cardeal Onaiyekan, Arcebispo de Abuja, capital da Nigéria. O sacerdote havia sido sequestrado em 16 de dezembro por três homens armados, na região centro-meridional de Issele-Uku.

Do nordeste do país, por sua vez, chega a notícia da libertação de 2.000 prisioneiros reféns do Boko Haram. Mas, ouçamos as palavras do Cardeal John Onaiyekan:

“A Diocese informou que o libertaram. O nosso escritório da Conferência Episcopal, que nos deu a primeira notícia, sucessivamente na tarde de quarta-feira – nos deu uma segunda notícia, de que o padre havia sido libertado, e que estava são e salvo”.

RV: No início os sequestradores haviam pedido um resgate?

“Sim. Uma soma absurda. Geralmente, quando sequestram as pessoas, não é que queiram maltratar as suas vítimas. Querem somente usá-las para obter dinheiro. Neste caso, porém, não puderam receber nada, porque dissemos a eles que não pagaríamos o resgate e que seria inútil insistir. E assim, o libertaram. Como ele foi sequestrado na sua região, na Diocese de Issele-Uku, não me parece que se trate de questões de religião: são todos cristãos ali. Mas sempre fazem assim: pedem o resgate à pobre gente e as pessoas correm prá lá e prá cá para conseguir juntara alguma coisa, que oferecem. Quando considero suficiente o que foi “oferecido”, libertam a vítima”.

RV: Portanto, foi possível respirar aliviado por este desfecho feliz, que aliás, não é o primeiro sequestro...

“O sequestro, infelizmente, tornou-se um negócio para os criminosos, aqui, na Nigéria. Ao invés de realizarem roubos à mão armada, sequestram pessoas e depois pedem o resgate. De tanto em tanto recebemos pedido de pagamento de resgate por algum sacerdote sequestrado; até mesmo algumas irmãs foram sequestradas, há algum tempo, mas foram libertadas depois de dois ou três dias”.

RV: Que linha vocês assumem diante destes sequestros?

“Afora a firme condenação que sempre expressamos contra este modo de agir e contra os sequestradores, pedimos ao governo para melhorar o sistema de segurança para o cidadão comum que não pode circular com uma escolta armada. Também decidimos, como nossa política, não pagar resgates porque se pagarmos, estas pessoas continuarão a sequestrar sacerdotes: estamos por tudo, também nos povoados mais recônditos; sempre corremos o risco de sermos sequestrados”.

(je/em)








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