Card. Braz de Aviz: "Vale a pena acreditar em Deus e caminhar com Ele"


Cidade do Vaticano (RV) – “Vale a pena acreditar em Deus e caminhar com Ele”: este é o espírito central para vivermos o Natal, segundo o Cardeal João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. Dom João, único cardeal brasileiro colaborador direto do Papa aqui em Roma, releva que “a santidade se obtém apenas em meio às nossas lutas cotidianas”. Estes são os seus votos de Natal, oferecidos a todos nós por meio do microfone da colega Bianca Fraccalvieri.

“Antes de tudo, o Papa nos tem dito que a santidade, ou a vida do Evangelho, ou a vida humana verdadeira, se constrói no meio das lutas. Então, enquanto formos gente, será o bem e o mal juntos; às vezes eles estão dentro de nós. Temos que lutar partindo dali. Mas o que é preciso pensar é que se um Deus se interessou por nós e entrou no lugar dos últimos, dos pequenos, como agora o Natal está lembrando, e venceu a morte, venceu o pecado, venceu o sofrimento... é por causa de nós. Então, vale a pena acreditarmos com toda a força neste Deus que nos ama, nos quer bem, e caminhar com Ele. Acho que é por isso que o Natal é tão importante”.

“Papal Noel é bom, tá por aí, um pouco de colorido, um pouco de vitrine, de comércio, tudo bem, mas o centro não é este: o centro é Jesus que nasce pobre em Belém de uma família simples, mas belíssima, que é a de Maria e José, e ali está a esperança para todos nós”.

Quinta-feira, 22 de dezembro, está marcada para as 10h30, na Sala Clementina, no Vaticano uma das mais aguardadas audiências concedidas pelo Papa durante o ano: o seu encontro com os cardeais que colaboram com o governo da Santa Sé, na Cúria Romana. Segundo o protocolo, é o momento indicado para o Pontífice fazer seus votos de Natal aos cardeais. 

“Eu disse assim... já no meu coração pensei ‘vou pronto para levar mais um puxão de orelha... O Papa está sobretudo nos ajudando, a nós  cardeais, a perceber a nossa missão: perto da dele, mas não uma missão de ocupar primeiros lugares, de estar dentro dos palácios, de não nos acomodar com o que conseguimos ter, mas caminhar junto com o Papa e escrutar o que o Senhor quer de nós. O que o Papa dirá? Vamos ver. Um lado dele é assim, do momento, ele traz uma novidade que a gente acha que sabe mas não sabe. Sem dúvida, será uma palavra de Pai, isso seguramente, uma palavra autêntica, de coisas que precisamos, e quem sabe... a gente fica esperando porque este mistério da encarnação do filho de Deus envolve a nossa vida, envolve a vida dele, é por isso que estamos aqui! Só que o Papa não gosta muito de festas, as coisas dele são muito simples, ele não deixa a gente se voltar muito para a pessoa dele também, né? Não deixa fazer muito... como se diz... salamaleque, né? Não é isso. Ele quer uma vida nova, um testemunho novo, o que eu acho que também vai acontecer neste encontro”.

 








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