2016-12-10 17:40:00

Papa encontra membros das Associações Rurais Católicas


 

Cidade do Vaticano: - O Santo Padre recebeu, em audiência esta manhã, às 11,30 horas de Roma, na Sala do Concistório, no Vaticano, os cerca de 60 participantes na Reunião das Associações Internacionais Rurais Católicas.

“Queridos irmãos e irmãs, disse Francisco, estou feliz por esse encontro, que ocorre no final do vosso congresso sobre os problemas do mundo rural e sobretudo sobre a realidade de todos aqueles que trabalham com grande empenho quotidiano, na agricultura. Um trabalho, por vezes muito duro, mas realizado com plena consciência de estar a fazer algo para os outros, cultivando com paixão a terra para garantir os frutos, seguindo os ciclos estacionais e enfrentando as adversidades provocadas pelas mudanças climáticas, infelizmente agravadas pela negligência humana”.

Neste sentido, prosseguiu o Papa, “ com a atenção reservada ao mundo rural radicada na visão do ensinamento social da Igreja, “vós representais bem aquele imperativo de “cultivar e cuidar” do jardim do mundo” a que somos chamados, se queremos dar continuidade à acção criadora de Deus e proteger a casa comum.

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De facto, sublinha o Santo Padre, olhando para o mundo rural hoje em dia, emerge diante de nós, o primado da dimensão do mercado que orienta as acções e as decisões. Os negócios em primeiro lugar e para além de tudo! Mesmo a custa de sacrificar os ritmos da vida agrícula, com os seus momentos de trabalho e de tempo livre, de repouso semanal e do cuidado da família.

Ora, para todos aqueles que vivem a realidade rural, destacou ainda Francisco, isto significa constatar que o desenvolvimento não é igual para todos, é como se a vida das comunidades rurais tenha menos valor. Na mesma ordem de ideias, salientou o Papa, a própria solidariedade, amplamente invocada como remédio se revela insuficiente se ela não for acompanhada pela justiça na distribuição das terras, nos salários ou no acesso ao mercado. A participação dos pequenos agricultores nas tomadas de decisões permanece assim ainda longe de ser uma realidade, devido à ausência de instituições locais e a falta de regras certas que sejam capazes de reconhecer os valores da honestidade, da rectidão e da lealdade.

O que fazer então nestes casos, perguntou o Santo Padre? <>.

Finalmente, Francisco recordou aos presentes para nunca esquecerem que o papel de uma ONG radicalmente ancorada na doutrina social da Igreja é antes de mais a de construir pontes, partindo de um conhecimento aprofundado das próprias raízes, não limitando-se a participar simplesmente nos diversos processos em curso, mas operando para uma mudança de estratégias e de projectos. Para isso, vincou o Papa, é necessário uma competência que substitua à improvisação, mesmo aquela que exprime a boa vontade ou sentido elevado de altruísmo.

O Papa abençoou o empenho dos participantes e rezou ao Senhor para que assista cada trabalhador da terra, as famílias rurais e todos aqueles que operam no mundo da agricultura. Ao mesmo tempo que pediu também que não esqueçam de rezar por Ele.

 








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