Representante vaticano: passar da globalização à riqueza partilhada


Genebra (RV) - “Traduzir as declarações em ações e os compromissos assumidos em resultados.” Essa é a direção que deve ser tomada pelo comércio global para alcançar as metas da nova Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

Foi o que afirmou o observador permanente da Santa Sé no escritório da Onu em Genebra, na Suíça, Dom Ivan Jurkovič, em pronunciamento esta segunda-feira (05/12) na reunião do Conselho da Unctad, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento.

Repensar globalização para criar uma prosperidade partilhada

Apesar das indubitáveis vantagens da liberalização do comércio global e dos progressos realizados nas últimas décadas pela comunidade internacional para tornar os mercados acessíveis aos países em desenvolvimento com a entrada deles na Organização Mundial do Comércio (OMC), a economia mundial tem dificuldade de recuperar-se da crise econômica e financeira mundial iniciada em 2008-2009, que pesa particularmente sobre as nações mais pobres, bem como sobre as economias industrializadas criando crescentes desigualdades, observou o representante vaticano.

Diante desse cenário, “o grande desafio político que a comunidade internacional tem diante de si é passar da globalização a uma narração mais construtiva da criação de uma riqueza partilhada”, evidenciou.

Promover o círculo virtuoso em prol do bem comum

Para fazer isso, as políticas das instituições multilaterais e as 17 metas da Agenda para o desenvolvimento pós-2015 não podem limitar-se a manter uma espécie de equilíbrio entre interesses particulares, mas devem buscar o bem comum. Isso requer, de um lado, o autocontrole de cada membro da comunidade internacional e, de outro, a sua colaboração, prosseguiu o arcebispo esloveno.

Passar das palavras aos fatos

“Se queremos realmente o sucesso da Agenda 2030, devemos continuar implementando a Conferência de Adis-Abeba” – o Programa de Ação adotado em 2015 pela 3ª Conferência das Nações Unidas sobre financiamentos ao desenvolvimento. “Nosso objetivo comum deve ser transformar a nossa decisão em ação”, arrematou o Arcebispo Jurkovič. (RL)








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