Oásis, um lugar de vida nas Arábias


Dubai (RV*) - Amigas e amigos, envio-lhes uma saudação das Arábias, onde as paisagens de areia e montanhas desérticas ocultam algum oásis na sua imensidão.

A palavra oásis surgiu para indicar uma porção de terra, com água e vegetação, encravada no meio de um deserto. É um dos poucos lugares em que, a sobrevivência do homem nas areias escaldantes, é possível.

Os oásis são encontrados em áreas escavadas pelo vento, onde o lençol de água subterrânea fica próximo do solo.   O precioso líquido dos reservatórios encontra um caminho pelas fendas das rochas e aflora na superfície, jorrando em fontes que hidratam homens, animais e vegetação. Ao redor das fontes formam-se lagoas, surge uma faixa de palmeiras e pequenas plantações são irrigadas.

A água é vida para os desertos. Ela é o elemento mais precioso nas terras desoladas das Arábias, Saara, Atacama e outras regiões sobre as quais não chove. Longe das imagens românticas, os desertos, com a água de seus oásis, transformaram-se numa metáfora para explicar a vida.

No deserto tudo gira ao redor dá água: a vida, a morte, a existência. A vida no deserto precisa aprender sobre a água, saber como obtê-la e preservá-la. Plantas e animais, em regiões desérticas, aprenderam como utilizá-la para sobreviver.

O deserto não é uma região morta. A compreensão da metáfora da vida sob todas as formas se faz forte no deserto e impacta profundamente o viajante que atravessou dunas, vales e colinas inóspitas até banhar seu rosto, refrescar seus pés e saciar sua sede com a, naturalmente, abençoada água.

O oásis se converte em lugar de descanso, refúgio, em ponto estratégico para as caravanas comerciais, em berço de uma cultura especial e diferente. Além disso, essas ilhas verdes e húmidas, no meio das dunas, são um espaço no qual se evidencia a harmonia entre o homem e a natureza. Plantas típicas, principalmente as tamareiras, crescem ao redor das fontes de água, proporcionando sombra para as pequenas culturas, animais e aos homens do deserto.

É sob a ótica da água, fonte de vida, que entendemos o diálogo entre Cristo e a mulher samaritana da cidade de Sicar. Ele estava repousando à beira do poço de Jacó (Jo 4,7-15), quando a confusa mulher se aproximou para buscar água. Esqueceu a água do poço e voltou para a cidade, anunciando que havia encontrado a água de que ela mais precisava: o verdadeiro sentido da vida.

*Missionário Pe. Olmes Milani CS, das Arábias para a Rádio Vaticano.








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