2016-11-28 12:42:00

Pastoral com pés no chão na Amazónia - Testemunho de Cristiane Murray


Os Bispos do Brasil estão preocupados com a depredação contínua da Amazónia; um perigo constante não só para os povos indígenas que vivem nessa vasta área do norte do Brasil, como também para o mundo inteiro, pois que a Amazónia é um dos grandes pulmões da Terra.

Conscientes de que só unidos poderão ajudar os povos dessa região a ultrapassar os problemas que os afectam, a salvaguardar as suas tradições e dignidade e a viver à luz do Evangelho, os Bispos vêm desde 1952 a procurar uma linha comum de acção pastoral próxima dessa realidade.

De 14 a 18 deste mês novembro tiveram uma importante reunião em Belém do Pará, no sentido de continuar e consolidar essa caminhada comum.

Cristiana Murray foi a enviada da Rádio Vaticano para fazer a cobertura desse encontro. Dada a importância da Amazónia para o mundo, pedimos-lhe para partilhar connosco, na rubrica “África. Vozes Femininas” o seu olhar sobre esse encontro e essa realidade amazónica.

Para ela, a consciência sobre as questões ambientais é cada vez maior e tendo actualmente um Papa da América Latina e ainda por cima muito sensível às questões ambientais, sobre as quais deu ao mundo a encíclica “Laudato Si”, esta é a ocasião propícia para o Brasil se mostrar ao mundo como “modelo de salvaguarda do ambiente, da Criação”.

Cristiane constatou que não obstante a firme vontade dos bispos de levar avante uma pastoral comum “pés no chão” na Amazónia, as dificuldades são muitas: a falta de agentes pastorais suficientes, algumas “rachaduras” entre os bispos e sobretudo as longas distâncias a percorrer na ampla região da Amazónia Legal para se chegar às comunidades, havendo alguma que só vem um padre uma vez por ano.

De qualquer modo, os bispos vão para a frente com coragem e em 2014 criaram a REPAM, Rede Eclesial Panamzónica (que engloba os outros oito países abrangidos pela floresta amazónica), um modelo também para outras realidades semelhantes no mundo, como por ex. a região dos Congos (África central), onde já foi criada a REPAC.

E as mulheres indígenas da Amazónia, como vivem, que ajuda lhes podem dar outras mulheres do mundo? Cristiane deseja voltar para conhecer de perto essa realidade feminina, mas diz que “os bispos estão esperançosos quanto à reunião da Comissão de Estudo sobre o Diaconado Feminino” que esteve reunida recentemente no Vaticano.

Conheça outros pormenores sobre a realidade amazónica e a acção da Igreja, ouvindo algumas vozes do encontro e a própria Cristiane Murray aqui na rubrica “África. Vozes Femininas”

(DA) 








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