Dom Azcona: degrado e violência ferem o povo de Marajó


Belém (RV) – A Ilha de Marajó foi a protagonista na manhã desta terça-feira, 15 de novembro, do II Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal. Exploração sexual de crianças, tráfico de pessoas e de drogas, abandono e ausência do Estado são a realidade deste contexto. A cidade de Melgaço, por exemplo, está localizada a 290 km  em linha reta da capital do estado, Belém, e registra o pior IDH, Índice de Desenvolvimento Humano, do Brasil.

O bispo emérito, Dom José Luis Azcona, defende que a face violenta e desumana desta realidade não faz parte da cultura paraense. Ouça:

O II Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal teve ainda um painel bem esclarecedor da realidade marajoara do procurador Felício Pontes, defensor da questões amazônicas no Tribunal Superior em Brasília.

“Estou tentando retornar um pouco do muito que recebi na minha formação. Até agora em Brasília, no Tribunal Regional Federal, onde me ocupo das ações da Amazônia que chegam em grau de apelação. Em qualquer lugar da Amazônia, quando uma das parte não se conforma com a decisão, recorre para o TRF e lá eu tenho a missão de manter a decisão favorável aos povos da floresta. Somos 50 procuradores da República no Brasil inteiro incumbidos desta missão em Brasília. Eu sou o único do estado do Pará. Nesta área, o Pará tem uma das maiores demandas naquele Tribunal: é um estado-chave, considerado ‘formador de jurisprudência’. As ações que passam no estado do Pará são sempre ações de vanguarda. Se eu pudesse simplificar isso, eu diria que nós estamos vivendo hoje um choque entre dois diferentes modelos de desenvolvimento”.

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