N. S. de Nazaré, 'Rainha da Amazônia': devoção e fé autêntica


Belém (RV) – Chegou aqui à sede da Comunidade Sementes do Verbo, na capital paraense, uma cópia da imagem de Nossa Senhora de Nazaré. A imagem peregrina foi colocada sobre um pedestal, ao lado da mesa de trabalhos, no auditório do Encontro. Com ela, a inseparável corda que caracteriza a imagem e que simboliza a sua ligação com o povo.

Quem trouxe a imagem foi o Mons. Raimundo Possidônio, conhecido como Padre Cid, ‘nascido, batizado, criado e ordenado em Belém’. Pároco de Nossa Senhora de Fátima, trabalha na coordenação de pastoral da arquidiocese, é professor de história da Igreja na Universidade Católica de Belém, e nos explica a raiz desta devoção.

“Nossa Senhora de Nazaré é a chamada ‘Rainha da Amazônia’, porque é impressionante como o povo paraense aonde chega, cria esta devoção. Então, se procurarmos aqui na Amazônia, as principais capitais têm todas o chamado ‘Círio de Nazaré’, assim como em outras regiões do interior também. O Círio é como se fosse a matriz de outras manifestações religiosas . costumamos estudar aquilo que os antropólogos chamam de ‘circularidade de festas’, que começa com o Círio e vai se espraiando por esta Amazônia toda com Santo Antônio, São Benedito, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora do Carmo, da Conceição...”.

“É um ciclo de festas aonde o povo participa de uma forma muito forte. Aqui eu creio que para o pastoralista, para o bispo, o teólogo, o historiador, tem sempre um questionamento sobre como de fato fazer com que este povo devoto seja um povo também de fé, de uma fé que se autentica na obediência à Palavra de Deus, no conhecimento mais profundo de Jesus Cristo, na sua participação na vida da Igreja. Este talvez seja um dos maiores desafios da Igreja Católica aqui na Amazônia”. 

(CM)








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