Perspectivas e desafios da Europa em seminário da Caritas em Roma


Cidade do Vaticano (RV) – As políticas europeias vivenciadas entre as pessoas e a comunidade, com olhar atento aos últimos e aos excluídos, serão analisadas em seminário organizado pela Caritas italiana a partir desta segunda-feira (14), em Roma. Em debate a luta à pobreza e pelas políticas sociais, direitos dos excluídos e migrações.

Em entrevista à Rádio Vaticano, o diretor da Caritas italiana, Pe. Francesco Soddu, comentou sobre as perspectivas e esperanças do Velho Continente.

Pe. FrancescoDeveríamos procurar todos juntos as perspectivas. Não digo perseguindo, mas fazendo com que aquelas interrogações colocadas à Igreja e às instituições cheguem a nós também. Refazer as etapas históricas antes de se chegar à União Europeia certamente nos faz bem, mas também procurar se direcionar sobre as questões críticas e, em modo especial, confiando, enquanto cristãos, ao que provém da Sagrada Escritura, aventurando-se a compor aquelas tramas de solidariedade e de convivência pacífica, promovendo sobretudo os mais pobres: isso sim nos levaria a uma Europa nova, a uma Europa feita não somente sobre os princípios mais exaltados, mas sobretudo aos princípios que, acima de tudo, são vividos por comunidades locais, comunidades eclesiais e comunidade institucionais em nível menor.

Perante às dificuldades, porém, procura-se sempre mais frequente se fechar no medo. Como reencontrar a esperança?

Pe. FrancescoTudo aquilo sobre o que se constrói hoje é, exatamente, o medo. Estamos perante a um verdadeiro e próprio paradoxo: se um dos fundamentos para criar a Europa foi o desejo de afastar o medo de poder incorrer sobre aqueles graves erros sinalizados pelo fechamento, pela afirmação própria e nacionalismos exasperados que levaram a consequências gravíssimas; hoje, aquele mesmo medo vem certamente exibido por uma verdadeira e própria inversão de marcha. Deveríamos então nos questionar, acolhendo sobretudo aquelas orientações que vêm de um personagem que hoje parece e é para nós a única figura de referência a longo prazo, aquela do Santo Padre que nos diz que uma paz duradoura é a construção de uma Europa na medida em que se lembram dos valores de fundação mas que vibram perante uma comunidade acolhedora. Esse pode realmente ser um grande sinal de esperança. Papa Francisco nos lembra que tudo isso deve ser feito caminhando juntos. (AC)








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