190ª Assembléia Plenária dos bispos portugueses


Lisboa (RV) - A renovação da catequese e a Eutanásia foram alguns dos temas tratados na 190ª Assembléia Plenária dos bispos portugueses, concluída no dia 10 de novembro, em Fátima.

No evento, foi abordado o conteúdo de uma Carta Pastoral sobre o centenário das aparições intitulada "Catequese: A alegria do encontro com Jesus Cristo”. Um dos temas da Carta foi o respeito dos catequistas pela liberdade das pessoas.

De acordo com Dom Manuel Pelino, Chefe da Comissão Episcopal para a Educação Cristã e doutrina da fé , a catequese não nasce a partir dos livros, e sim, do acompanhamento pessoal. Conforme acrescentou Dom Flavio Giovenale, Bispo de Santarém, "os catequistas respeitam a liberdade das pessoas e procuram garantir que os fiéis sigam um caminho para uma vida mais completa, livre, fraterna, construindo um mundo mais justo e em sintonia com o reino de Deus ". O documento "A catequese: A alegria do encontro com Jesus Cristo", que visa incentivar a reflexão sobre a catequese contemporânea, foi distribuído para mais de 50 mil catequistas do país.

Eutanásia

É sempre difícil falar sobre um tema tão delicado como o fim de uma vida. Neste sentido, a Associação de Médicos Católicos Portugueses (AMCP) discutiu nos últimos dias a respeito da legalização da eutanásia, que segundo os médicos significa “um sinal da perda de sentido da vida”.

Conforme argumenta a Associação através de um documento, a sociedade civil não pode e não deve consentir que ,em nome de uma ilusória autonomia e de uma equivocada noção de liberdade (que conduz o individualismo egoísta e a indiferença com o próximo), torne lícito o que é proibido, gerando, de tal forma, a cultura da morte. 

A tomada de posição oficial de médicos portugueses, constitui uma reação ao primeiro caso de eutanásia infantil na Bélgica, e responde diretamente à  “Petição pelo direito de uma morte digna”, assinada por oito mil cidadãos e apresentada no Parlamento pelo Partido do bloco de esquerda.

A associação lembra ainda a opinião já expressa em outubro passado, na qual declarou que a eutanásia afeta a dignidade humana e a própria profissão médica. A mensagem da Associação destaca fortemente as implicações legislativas que a legalização desta teria.  "Qualquer lei que constituísse um ataque de qualquer forma contra a vida - concluem os médicos católicos - levaria o Estado a negar sua função de defesa e proteção às pessoas."

(LV/Osservatore Romano)








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