Pesar do Papa pela morte do Rei da Tailândia


Bangcoc (RV) - O Papa Francisco manifestou, nesta sexta-feira (14/10), seu pesar pela morte do Rei da Tailândia, Bhumibol Adulyadej.

O monarca faleceu nesta quinta-feira (13/10), aos 88 anos. Numa mensagem enviada ao premiê tailandês, Francisco se disse profundamente entristecido, manifestando sua proximidade aos membros da família real e a todo o povo tailandês. O Pontífice reza para que “como o tributo justo ao legado de sabedoria, força e fidelidade do falecido rei, todos os tailandeses possam trabalhar juntos para promover o caminho da paz".

Na Tailândia é luto nacional. Milhares de pessoas participam dos ritos fúnebres do soberano que representava um elemento importante de unidade e estabilidade diante de uma situação política muitas vezes atribulada. 

Segundo o editorialista de Asia Times, Francesco Sisci, este “é um momento muito importante, porque o Rei governou o país desde o fim da II Guerra Mundial e o levou adiante, não obstante momentos muito difíceis como a Guerra Fria, a Guerra Quente, o conflito no Vietnã, a expansão dos anos 80 e a crise financeira asiática de 1997-1998, que depois deu origem ao momento crítico atual da Tailândia. É o fim do soberano quase absoluto, no sentido que todos os outros monarcas do mundo possuem funções e poderes cerimoniais, enquanto ele sempre teve um papel muito ativo e direto na política tailandesa”. 

Segundo Sisci, o Rei Bhumibol “foi certamente uma presença tópica na vida da Tailândia. Deu de alguma forma um papel à nova Tailândia que era um país que saia mal da II Guerra Mundial, e depois da guerra ele manteve o país unido, coisa não fácil, e o manteve distante do contágio comunista, durante a Guerra de Indochina, antes, contra os franceses e, depois, a do Vietnã, também isso coisa absolutamente não fácil. A terceira coisa, é que sob o seu reinado iniciou o processo de paz no Camboja que deu início ao desenvolvimento econômico do Sudeste Asiático. 

“A crise de seu reinado, mas também a crise do país, veio com a crise financeira asiática de 97-98, que, em seguida, abriu as portas para o que foi o governo de Thaksin Shinawatra, com o qual não se encontrou uma solução verdadeira política. Tanto é verdade que ainda hoje a Tailândia, de alguma forma, está ainda em crise por causa da incapacidade de administrar o fenômeno Thaksin.”

Para o editorialista, a sucessão ao trono já foi determinada, no sentido que o filho é o sucessor designado. Segundo ele, o problema principal será como resolver a questão com Thaksin que hoje vive em exílio e que venceu todas as eleições democráticas que se realizaram na Tailândia.” (MJ)








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