Bispos irlandeses pedem ao governo mais ajudas às famílias e aos sem-teto


Dublin (RV) - “Dar prioridade às exigências das famílias de baixa renda e destinar recursos à construção habitacional e aos sem-teto na definição do balanço anual”: essas, em síntese, as reivindicações que a assembleia plenária dos bispos irlandeses dirige ao governo da Irlanda, cujo país acolherá em 2018 o Encontro Mundial das Famílias.

Recursos também para as famílias cujos filhos vivem com um só dos pais

A Igreja irlandesa preocupa-se com os dados apresentados pela “Focus Ireland”, segundo a qual existem 6.525 sem-teto e mais de mil famílias, entre as quais 2.177 crianças, em alojamentos de emergência, bem como 90 mil famílias que moram em habitações sociais.

Milhares de famílias têm sua casa hipotecada e há um “aumento sem precedentes” dos alugueis. Os prelados pedem recursos também para as famílias cujos filhos vivem com somente um dos pais, para as quais foram recentemente cortadas as ajudas.

Apelo por um cessar-fogo na Síria

Durante os trabalhos da plenária os bispos irlandeses se ocuparam da tutela da vida humana sob todos os aspectos e em todas as suas fases, inspirando-se, em particular, numa passagem da oração pela Terra contida na Carta encíclica “Laudato si” e fizeram uma solicitação ao governo a fim de que “use os canais diplomáticos para pedir aos membros do Conselho de Segurança da ONU o cessar-fogo e a abertura de acessos humanitários para a Síria”, onde a guerra continua fazendo vitimas, inclusive entre os civis, reporta o jornal vaticano “L’Osservatore Romano”.

Celebrado o Domingo da Vida

Com o slogan “Tudo está interligado”, realizou-se domingo passado, em todas as igrejas e paróquias da Irlanda, o Dia pela Vida, promovido pela Conferência episcopal.

Em sua mensagem pastoral para a ocasião, os bispos irlandeses apresentaram uma reflexão sobre a encíclica do Papa Francisco “Laudato si” dedicada ao cuidado da casa comum.

“Quando reconhecemos e nos impressionamos com o fato de sermos todos irmãos e irmãs que vivem numa casa comum – afirma a mensagem dos bispos –, isso tem um impacto não somente sobre o modo como cuidamos do ambiente, mas também sobre como cuidamos um do outro e sobre como acolhemos e aceitamos as pessoas com diferentes exigências e capacidades, como os refugiados, os anciãos, os nascituros, os esquecidos e os abandonados.” (RL)








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