Furacão no Haiti agrava crise humanitária da população


Porto Príncipe (RV) – Com ventos de 230 km/h e fortes chuvas, o furacão Matthew castigou o Haiti. Sua passagem pela ilha caribenha acirrou a crise humanitária que se vive no país, que ainda está se recuperando do terremoto de janeiro de 2010. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, mais de 4 milhões de crianças haitianas sofrerão as consequências do furação Matthew, a pior tempestade que o país enfrenta desde 1963.

O número de vítimas é incerto, mas já foram confirmados mais de 500 mortos. Milhares de haitianos estão desabrigados. Os danos provocados fizeram com que o Tribunal Superior Eleitoral cancelasse as aguardadas eleições presidenciais marcadas para o próximo domingo. A nova data será anunciada nos próximos dias.

As missionárias brasileiras que atuam em Porto Príncipe relataram nas redes sociais o drama vivido pela população. “Graças a Deus estamos bem. Não posso falar o mesmo dos 9.000 desabrigados”, escreveu a Ir. Maria Câmara Vieira – uma das integrantes do projeto intercongregacional promovido pela CRB Nacional, pela CNBB e pela Cáritas Brasileira.

Enquanto isso, o Programa Mundial de Alimentos, PMA, já está preparado para fornecer assistência aos países caribenhos.

De Porto Príncipe, o diretor da agência no Haiti, Carlos Veloso, conversou com a Rádio ONU e falou sobre a logística para atender as populações afetadas pelo furacão Matthew.

"O programa tem em estoque cerca de 5 mil toneladas de alimentos que podem ser despachadas assim que as estradas estejam livres e sabemos que existem pequenos estoques de cobertores, tendas, jerry cans (galões), instrumentos de cozinha para serem distribuídos. Sabemos também que agências como Usaid estão a concentrar em Miami grandes quantidades desses produtos não alimentares, mal as condições fiquem melhores, mal o aeroporto abra, para trazer esses bens para o Haiti."

Carlos Veloso conta que a parte sul do Haiti foi a mais afetada pelo furacão. Ali, atuam também religiosos brasileiros. A quantidade de comida que o PMA já alocou para enviar é suficiente para alimentar 300 mil pessoas por um mês.








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