Comissões europeis de "Justiça e Paz": pontes, não muros


Luxemburgo (RV) - “A segurança é essencial e positiva, mas quando não está unida à justiça e aos direitos humanos torna-se alienadora, impede os intercâmbios e pode tornar-se um novo motivo para conflitos e divisões.”

É o que escrevem, em sua declaração conclusiva, os delegados das 31 Comissões episcopais “Justiça e Paz” dos países europeus, que se reuniram estes dias em Luxemburgo.

Não se alcança a segurança construindo muros

“Desconfiamos da ideia de que a Europa possa alcançar a segurança construindo muros” – lê-se no texto reportado pelo jornal vaticano “L’Osservatore Romano” –, muros que são ineficazes diante “da natureza das tão diversificadas e complexas ameaças à segurança da Europa. A alternativa é uma ordem do mundo baseada na justiça”.

Os delegados lançaram vários apelos: à União Europeia e a seus membros por uma “política baseada no desenvolvimento humano integral”; aos políticos a fim de que suas escolhas e palavras sejam assumidas “no respeito pela dignidade humana e pelo princípio do Estado de direito”; aos intelectuais a fim de que “elaborem novas ideias capazes de oferecer uma perspectiva para todos”.

Foi lançado um apelo também a quem trabalha na comunicação a fim de que tenha “um mais forte sentido de responsabilidade ética, denuncie a linguagem violenta e não encoraje os estereótipos”; à Igreja a fim de que seja “sacramento de paz”; a todo cidadão a fim de que contribua para “construir uma comunidade segura e pacífica com o diálogo e em espírito de fraternidade”.

Mais de 4 mil migrantes mortos no Mediterrâneo em 2016

A estimativa para 2016 já é de mais de 4 mil migrantes mortos, cuja cifra representa um aumento em relação aos anos precedentes, e em grande parte na rota via-maris no Mediterrâneo rumo à Itália, apesar das missões de salvação feitas pela operação militar e humanitária “Mare Nostrum”. (RL)








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