Núncio em Bagdá: não esqueçam sofrimentos dos iraquianos


Cidade do Vaticano (RV) - A audiência do Papa no Vaticano com membros dos organismos caritativos católicos que atuam na Síria, Iraque e países limítrofes teve a participação também do núncio apostólico em Bagdá, Dom Alberto Ortega Martín. A Rádio Vaticano o entrevistou. Eis o que disse:

Dom Alberto Ortega Martín:- “O apelo do Papa é sempre importante porque na raiz de tantos problemas está a falta de paz, está a violência. É claro que se deve assistir os refugiados, que se deve dar ampla assistência, mas é importantíssimo buscar ir à raiz que é a falta de paz. Então, esse apelo em prol da paz, pela oração em favor da paz, por um compromisso da parte de todos com a própria responsabilidade em favor da paz é sempre fundamental, é sempre necessário.”

RV: Há o risco de que diante de uma situação terrível, dramática como a da Síria, o Iraque fique, não diria em segundo plano, mas se torne menos evidente?

Dom Alberto Ortega Martín:- “Sim, inclusive para não esquecer, justamente, também muitas situações de necessidade. Fala-se menos sobre o Iraque, mas a situação é sempre difícil: também a nível de assistência humanitária há dez milhões de pessoas que precisam de assistência humanitária, três milhões e meio de deslocados... as cifras da Síria são ainda mais assustadoras... Então, o importante é não esquecer, porque atrás de cada cifra, por trás de cada número há sempre uma pessoa concreta, uma família concreta que merece todo nosso apoio, toda nossa caridade.”

RV: A seu ver, o que mas falta hoje na vida cotidiana dos iraquianos?

Dom Alberto Ortega Martín:- “A nível material precisam ainda de muita assistência que, graças a Deus, de um modo ou de outro chega. Os cristãos já estão quase todos sob um teto, quase todos já se encontram em casas de aluguel, estão fechando os últimos campos de refugiados; mas a grande necessidade é uma necessidade de esperança para poder enfrentar o futuro com mais esperança, e uma necessidade – diria – a nível social: o grande desafio da reconciliação ou, com outra palavra, a misericórdia. Porque afinal, a única resposta – já o dizia também o Papa –, a verdadeira resposta aos conflitos, afinal, é a misericórdia, é um amor maior.” (RL)








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