2016-09-23 11:18:00

Em Macau comunidade católica recorda encontro de Assis de há 30 anos


Não passou despercebido, em Macau, o aniversário do primeiro encontro inter-religioso promovido por São João Paulo II em Assis. Do outro lado do mundo, uma cerimónia religiosa na Igreja do Seminário de São José recordou esse encontro, de há 30 anos, encontro pela paz que reuniu líderes de várias comunidades religiosas.

Também aqui em Macau, a Igreja católica local organizou este momento celebrativo do diálogo interconfessional e inter-religioso, presidido pelo bispo D. Stephen Lee, e em que participou o reitor da Universidade de São José, entre vários outros membros destacados da comunidade católica local.

A este propósito, na Rádio Macau, Peter Stilwell apresentou esta cidade como um espaço de diálogo e convivência pacifica, uma experiência bem-sucedida de diversidade religiosa e cultural: 

“Convivem neste pequeno espaço muitas religiões e culturas sem inimizades e nem tensões. É bom que Macau valorize essa sua tradição. Nunca gostamos de ser exemplo para outros mas é uma experiência de convívio que pode ser útil para outros verem que é possível conviverem religiões e sensibilidades diferentes”.

Stilwell pronunciou-se ainda sobre o processo de construção do novo campus da Universidade de São José. O reitor diz a universidade está a ponderar meios de penalizar a empresa construtora do novo campus pelos atrasos na empreitada.  O contrato estipulava a conclusão das obras em Abril de 2015, mas mais de um ano e meio depois o novo campus ainda não está concluído.

A empresa tem apresentado uma série de justificações, mas Peter Stilwell considera que a Universidade tem mais do que razão.

“A construtora justifica-se com atrasos na entrega de licenças, coisas que se atrasaram no circuito das obras públicas, com algumas alterações no desenho - nada de muito significativo mas que para eles é uma justificação para algum atraso. Nós temos outra leitura mas não é na comunicação social que se pode dialogar sobre essas questões”.

Peter Stilwell explica ainda que as negociações para desbloquear esta situação não estão paradas. Há negociações intensas a acontecer, sobretudo, no que toca à verba acordada com a construtora para a conclusão da obra. Uma verba que agora a universidade recusa pagar na totalidade por causa dos sucessivos atrasos. Peter Stilwell insiste que as negociações são complexas mas descarta, para já, o recurso aos tribunais.

Uma atitude cautelosa do reitor da universidade na esperança de levar a carta a Garcia.

Carlos Picassinos, Macau








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