A avaliação da Igreja Luterana sobre o Encontro pela Paz em Assis


Roma (RV) – "O valor fundamental de Assis 2016 é duplo e está no grande confronto de ideias e experiências e na oportunidade de encontro e conhecimento direto que ofereceu, a quem quer trilhar o longo caminho de construção da paz". esta foi a avaliação da Igreja Evangélica Luterana na Itália (CELI) sobre o Encontro pela Paz realizado em Assis sob o título “Sede de Paz: religiões e cultura em diálogo”.

O evento assumiu para o mundo luterano um ulterior significado, pois realizou-se na proximidade da abertura do Luther 2017, o ano da celebração dos 500 anos da reforma, que será caracterizado também pela abertura à religiões e culturas diferentes.

A Igreja Luterana divulgou divulgou o comentário do Decano Heiner Bludau, participante do encontro representando a Federação Luterana Mundial (LWF, sigla em inglês).

“Refletir, debater, conhecer-se ou mesmo encontrar-se novamente com representantes de outras Igrejas cristãs e de tantas outras fés religiosas, é uma oportunidade única na construção e na consolidação de um longo, mas comum e concreto percurso de paz”, avalia o Decano Bludau.

O religioso luterano recorda que o evento realiza-se 30 anos após o Dia Mundial de Oração pela Paz  do qual participaram em Assis, os representantes de todas as grandes religiões mundiais, e assume um caráter ainda mais importante “à luz da complicada fase histórica pela qual está atravessando a humanidade”.

Bludau cita alguns “momentos significativos” que teve a oportunidade de viver no encontro em Assis, como o debate sobre o Iraque, do qual participaram expoentes do Islã (xiita e sunita), do cristianismo e das populações curda e yazidi.

Ele afirma também que jamais esquecerá o encontro com Audish Basa Rebwar, religioso da Igreja caldeia no Iraque, “um encontro – confidenciou -  que me tocou também a nível pessoal, também em função das minhas origens, visto que nasci em Bagdá”.

Ao concluir, o Decano considera que o compromisso da Igreja Luterana com a paz deve crescer, com projetos concretos, à exemplo daquilo já é realizado pela Federação das Igrejas Evangélicas na Itália, como a iniciativa dos Corredores Humanitários para acolher, assistir e apoiar quem foge das guerras e chega na Europa em busca de uma esperança. “Mas também – acrescenta – estimulando e facilitando, dentro de nossas comunidades, um debate sobre o significado da paz, (...), que é um tema bíblico que deveria merecer maior atenção”.

(JE)








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