Coleta nacional nas igrejas para atingidos pelo terremoto na Itália


Cidade do Vaticano (RV) – A Conferência Episcopal Italiana (CEI) promoveu no domingo (18) a coleta nacional para ajudar as comunidades das dioceses da região central do país atingidas pelo terremoto de 24 de agosto. A Rádio Vaticano conversou com o bispo de Rieti, Dom Domenico Pompili, sobre as doações recolhidas em todas igrejas da Itália.

Dom Domenico - “É uma maneira para dar continuidade àquele grande envolvimento emocional que já no dia seguinte ao 24 de agosto percorreu toda a península e que precisa agora, então, uma capacidade explícita para projetar e obter recursos. A coleta, que segue tantas outras formas de ajuda que aconteceram de várias partes da Itália, é mais uma maneira concreta de olhar adiante já que a reconstrução é um processo longo. Ninguém é tão ingênuo de pensar que se pode garantir rapidamente recursos suficientes, que seria a condição para poder olhar pra frente com um pouco de serenidade. A coleta é também uma maneira de expressar e compartilhar o drama de quem sofreu com o terremoto, de pessoas que se viram privadas do carinho dos familiares, que viram se desintegrar tudo aquilo que tinham construído numa inteira vida.”

Casas alugadas em alternativa às barracas

RV - Atualmente, qual é a situação?

Dom Domenico - “A situação atualmente é aquela da passagem das barracas a uma situação que, por alguns meses, será em casas alugadas para consentir à Proteção Civil trabalhar nas necessidades em vista dos módulos pré-fabricados. Digamos que os acampamentos estão progressivamente sendo esvaziados e, neste momento, procura-se individuar as possíveis soluções que são alternativas às barracas.”

As feridas do medo e do luto

RV - O senhor tem oportunidade de conversar com essas pessoas: como elas estão vivendo agora, Dom Domenico?

Dom Domenico - “Por enquanto tem um trauma que ainda não foi superado que é aquele pelo qual todos viveram, aqueles intermináveis segundos que estão no pensamento e que voltam com frequência. Tem um dado psicológico que também ainda não foi superado: é difícil pegar no sono mesmo estando nas barracas e isso também porque persistem os tremores que até hoje são infinitos. Depois, tem o luto das pessoas que viram a própria família ser destruída e é preciso, segundo minha visão, ajudar as pessoas a curar essa ferida. E esse não é um processo que deve ser esquecido.” (AC)








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