Terrorismo: medo não impede fiéis de ir à missa em Rouen


Cidade do Vaticano (RV) – A missa em sufrágio de Pe. Jacques Hamel na capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, recebeu um grupo de 80 peregrinos franceses de Rouen, acompanhados do bispo Dominique Lebrun, além de familiares do sacerdote assassinado, como as irmãs Chantal e Roselyne.

Durante a celebração desta quarta-feira (14), presidida por Papa Francisco, foi colocada uma imagem de Pe. Hamel no altar, como contou Dom Lebrun aos jornalistas: “eu estava preocupado pelas freiras que não vieram por razões de saúde. Então, pedi ao Papa para assinar a foto e ele mesmo me disse ‘colocamos sobre o altar’. Depois, quando nos saudou fraternalmente, me falou ‘pode colocar a foto, é beato. O Papa te dá a permissão’”.

"Devemos ter a coragem de ter medo"

Pe. Jacques Hamel, de 85 anos, foi degolado por dois jihadistas num atentado em 26 de julho durante uma celebração eucarística na igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray na cidade de Rouen, na França.

Quando os jornalistas perguntaram a Dom Lebrun se existe medo entre os fiéis da comunidade, ele respondeu: “sim, há medo, sem dúvida. Uma semana atrás, na reunião com os vigários, eles me disseram que receberam telefonemas para saber se as missas aconteciam regularmente e se havia perigo”. Mas, segundo afirma Dom Lebrun, “hoje tem mais gente na missa que antes. Inclusive me veio em mente as palavras de São João Paulo II ‘não tenham medo’. Não é estúpido ter medo, Jesus nos disse que devemos ter a coragem de ter medo. No nível superficial há medo, no nível profundo há coragem”.

Missa em Roma

A partir das 20h desta quinta-feira (15) será realizada uma missa em São Bartolomeu, a igreja em Roma dedicada aos “novos mártires”, para recordar Pe. Hamel.

(AC/AGI)








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